Conheça 7 mitos e verdades sobre a proteção solar

Dermatologista tira dúvidas sobre uso do produto contra exposição solar, que pode favorecer surgimento de manchas, rugas e até câncer de pele

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Hoje em dia todo mundo sabe sobre os danos que a radiação solar pode causar em nossa pele e a importância da fotoproteção para preveni-los. Além disso, as formas de fotoproteção têm se tornado mais amplas, sendo possível encontrar fotoprotetor em pó, spray, bastão, creme, gel, entre outras formulações. Porém, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o assunto.

Para se ter uma ideia, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia de 2019, mais de 60% dos brasileiros não usam nenhum tipo de proteção no dia a dia. Então, para ajudar a mudar este quadro, Daniel Cassiano, dermatologista da Clínica GRU Saúde e membro da SBD, apontou os principais mitos e verdades relacionados à fotoproteção. Confira:

*Protetor solar não precisa ser usado em dias nublados. Mito. “É claro que os níveis de radiação solar são geralmente maiores quando não há presença de nuvens, que tendem a atenuar a quantidade de radiação na superfície terrestre. No entanto, mesmo com a presença de nuvens, os níveis de radiação UV podem variar bastante. Por exemplo, enquanto nuvens escuras são capazes de impedir quase totalmente os fluxos de radiação, nuvens menos espessas e mais claras promovem apenas uma atenuação parcial. Existem situações específicas ainda, como a presença de nuvens cumulus ou cirrus, que podem intensificar a radiação solar, tornando os níveis superiores àqueles observados em dias de céu limpo. Devido a essa grande variabilidade, não é possível fornecer um parâmetro ou um percentual de atenuação da radiação UV pela nebulosidade, o que torna o uso do fotoprotetor indispensável mesmo em dias nublados”, explica o dermatologista.

*O protetor solar causa acne. Mito. Atualmente existem no mercado produtos com veículos não comedogênicos, ou seja, que não provocam acne. “O ideal então é que pacientes com a pele oleosa optem por protetores solares em gel ou gel-creme que sejam formulados com substâncias que ajudem a absorver a oleosidade durante o dia, como a sílica. É possível até mesmo encontrar produtos que contêm substâncias anti-inflamatórias, como o gluconato de zinco, que auxiliam no tratamento da acne”, aconselha o médico.

*É preciso esperar que o protetor comece a agir antes de se expor ao sol. Verdade. A aplicação inicial do fotoprotetor deve ser estratégica para garantir o sucesso da fotoproteção. “Estudos para determinação de FPS e PPD-UVA mostraram que é necessário um intervalo de, no mínimo, 15 minutos entre a aplicação do produto e o início da exposição para que a fotoproteção seja eficaz. Mas já existem protetores solares que demonstram sua efetividade logo após a aplicação, sem que seja necessário o intervalo de 15 minutos. Por isso, o ideal é pedir uma recomendação do dermatologista sobre a melhor maneira de utilizar cada produto”, destaca o especialista. “Outro aspecto importante na hora de aplicar o fotoprotetor é a uniformidade da aplicação, evitando que algumas áreas sejam esquecidas ou que haja aplicação insuficiente do produto. Por esses fatores, recomenda-se que o fotoprotetor seja aplicado, de preferência, antes do início da exposição ao sol e, no caso do corpo, com a menor quantidade possível de roupas.”

*É fundamental a reaplicação do protetor solar após contato com a água. Verdade. “Os protetores solares passam por testes de resistência à água para avaliar se são capazes de manter a eficácia mesmo após longos períodos de imersão. Essa avaliação é especialmente importante para produtos destinados à exposição intencional ao sol, como a realização de atividades aquáticas e práticas esportivas. Mas, mesmo que o protetor solar seja resistente à água, solicitamos que o paciente sempre reaplique o produto após se molhar para realmente garantir sua eficácia”, recomenda o Dr. Daniel

*O filtro solar com cor protege mais a pele do que a versão tradicional. Verdade. “Isso porque a tonalidade do filtro solar é proporcionada pela presença de óxido de ferro na composição, substância capaz de absorver a radiação visível do sol. Hoje, sabemos que a luz visível tem uma participação importante no processo de pigmentação da pele, favorecendo o desencadeamento de dermatoses pigmentárias, como melasma e hipercromia pós-inflamatória”, diz o médico.

*Usar maquiagem com fator de proteção solar dispensa o uso do filtro. Mito. “Geralmente, o FPS das maquiagens é muito baixo, sendo insuficiente para proteger a pele. Então, para quem usa maquiagem, o ideal é optar por um protetor solar com cor de alta cobertura, que, além de ser eficaz na proteção, também atua como base”, alerta o dermatologista.

*Apenas pessoas de pele clara precisam utilizar protetor solar. Mito. Todos devem realizar a fotoproteção diariamente. “A diferença é que, dependendo do tom da pele, a proteção precisa ser maior ou menor, mas sempre deve existir. No geral, pessoas de fototipo 1 (Pele clara + sardas) ou Fototipo 2 (Pele clara + cabelo loiro) precisam de uma megaproteção (FPS 50+). No caso de fototipo 3 (Pele clara + cabelos castanhos) ou fototipo 4 (Pele morena + cabelos castanhos), é indicada uma superproteção (FPS 30 ou 50). Por fim, fototipo 5 (Pele morena mais escura) ou Fototipo 6 (Pele negra) precisam de uma proteção eficiente (FPS 30)”, finaliza o Dr. Daniel Cassiano.

Dicas, mitos e verdades sobre o câncer de pele

Por Aldo Toschi, médico coordenador da dermatologia do IBCC Oncologia.

• Evitar exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h;

• Procurar lugares com sombra;

• Usar proteção adequada, como roupas, bonés ou chapéus de abas largas,

óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas;

• Aplicar na pele, antes de se expor ao sol, filtro (protetor) solar com fator de proteção 15, no mínimo;

• Usar filtro solar próprio para os lábios.

Recomendações especiais do IBCC Oncologia para qualquer idade quando há fator de risco

1. Não se esqueça dos dias quentes e nublados. O “mormaço” também queima a pele;
2. Não acredite que ficar na piscina reduz a chance de sofrer queimaduras solares. A luz penetra e se amplifica dentro da água a até 40 cm de profundidade.
3. Proteja especialmente as orelhas, nuca, joelhos e dorso dos pés (todo mundo já voltou vermelho nessas regiões depois de um passeio ou pescaria).
4. Passeios na montanha ou na neve aumentam a chance de queimadura solar (quanto mais alto se vai, mais perto do sol estamos também).

Quanto maior número de fator de proteção solar maior é a sua proteção?

A eficácia de um protetor FPS 30 é praticamente a mesma de um protetor FPS 70 na primeira hora de aplicação. A partir disso a duração na pele e a eficácia se reduz. Se você for ficar somente 1 hora sob o sol, tudo bem. Se pretende ficar mais tempo, reaplique o protetor a cada hora ou após ter entrado na água.

Existe algum tipo de protetor solar mais recomendado?

Os protetores todos são bastante eficientes. Procure utilizar os menos oleosos e menos perfumados. As pessoas alérgicas costumam se sentir melhor com produtos feitos à base de filtros físicos e menos perfumes e conservantes. Para quem é sensível ou possui dermatite atópica recomendamos usar filtros pediátricos.

A hereditariedade aumenta minhas chances?
Hereditariedade tem relevância neste tipo de câncer também. Se alguém de sua família teve câncer de pele muito jovem, fique atento.

Se há casos de melanoma, câncer de mama e pâncreas em parentes próximos (pais e irmãos) e você tem muitas pintas na pele, fique alerta.

 

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