Caneta de insulina traz conforto e segurança a pessoas com diabetes

Caminhão levará esclarecimento à população sobre a caneta de insulina, que pode ser usadas por diabéticos com menos de 19 anos e mais de 50

Caneta preenchida de insulina, disponível desde 2018 no SUS, ajuda no controle da diabetes (Foto: Divulgação Caneta da Saúde)
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Você sabia que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece canetas de insulina para pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2, preferencialmente acima dos 50 anos e menores de 19 anos? O dispositivo permite que esses pacientes possam administrar doses de insulina de forma prática, rápida e segura em qualquer lugar, evitando episódios de hipoglicemia, que podem levar à morte.

Considerada um dos dispositivos mais modernos para o tratamento da doença, a caneta preenchida de insulina é uma importante aliada para o controle do diabetes, ajudando a reduzir possíveis hospitalizações decorrentes desta complicação, especialmente em tempos de pandemia da Covid-19, uma vez que pessoas com diabetes podem desenvolver casos mais graves da doença.

Diferente das seringas, que precisam de frascos e ampolas, e com a agulha mais fina e curta, causando menos desconforto na aplicação, a caneta já vem preenchida com insulina e seletor de dose, o que garante maior precisão, oferecendo menos risco de erro na aplicação. Além disso, pode ser transportada com facilidade e manuseada com praticidade pelas pessoas com diabetes, seus cuidadores e familiares. 

Caneta apresenta vantagens na aplicação de insulina (Foto: Divulgação Caneta da Saúde)

Menos casos de hipoglicemia

Embora as canetas preenchidas de insulina estejam no mercado desde 1985, foi só em 2018 que elas foram incluídas no SUS, ampliando o alcance de tratamento para populações mais vulneráveis e colocando pela primeira vez na história a tecnologia na malha de saúde pública. Essa tecnologia demonstrou melhorar a qualidade de vida de pessoas com diabetes e reduzir as emergências hospitalares em diversos estudos nacionais e internacionais.

Estudos mostram que 90% dos usuários de caneta precisam de menos assistência para aplicar a insulina, 64% das pessoas com diabetes que adotaram a caneta apresentaram menos episódios de hipoglicemia. Já um estudo entre médicos dos Estados Unidos mostrou que 97% deles acreditam que a aplicação de insulina com a caneta é melhor do que o uso de frascos, seringas e ampolas. E, na Itália, Estados Unidos e Irlanda, 90% das pessoas com diabetes consideram as canetas mais discretas, mais rápidas e fácies de usar. 

O diabetes não é uma condição individual. Trata-se de algo muito presente na vida de milhões de famílias. Neste novo cenário delicado de pandemia, há pessoas que estão no grupo de risco e podem desenvolver as formas mais graves da doença”, explica a endocrinologista e diretora médica da Novo Nordisk, Priscilla Olim Mattar.

Caranava da ‘Caneta da Saúde’

Levar informação e orientação sobre as vantagens das canetas preenchidas de insulina, estimulando o uso do recurso que está disponível no SUS, é o objetivo da campanha “Caneta da Saúde”, lançada esta semana em São Paulo. Equipes de profissionais de saúde usarão um caminhão para distribuir kits de orientação e esclarecer dúvidas da população em frente a Unidades Básicas de Saúde. A ideia é não só tirar dúvidas de pessoas vivendo com diabetes, mas também de familiares que convivem com quem tem a doença crônica, ajudando no dia a dia dos cuidados.

Na capital paulista, o caminhão percorrerá as ruas da cidade entre os dias 24 e 25 de maio, entre das 9h às 19h, no intuito de reforçar a importância do dispositivo na capital mais populosa do país. Nestes dias, o caminhão poderá ser encontrado nos arredores das UBS Joamar, que fica na Rua Adauto Bezerra Delgado, 240 – Parque Casa da Pedra-SP.

Na cidade de São Paulo, em 2018, a prefeitura estimou que 7,5% da população, aproximadamente 900 mil pessoas a partir dos 18 anos, vivam com a doença. Um estudo da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) mostrou ainda que entre nove capitais do País, três com as maiores incidências de diabetes ficam no estado de São Paulo. São elas: São Carlos, Ribeirão Preto e São Paulo capital, respectivamente. 

Além da capital, Campinas e Ribeirão Preto, outras 10 cidades brasileiras receberão a iniciativa ao longo de três meses. O caminhão circulará pelos estados do Rio de Janeiro (capital e São Gonçalo), Bahia (Salvador e Feira de Santana), Minas Gerais (Belo Horizonte e Uberlândia), Paraná (Curitiba e Londrina) e Paraíba (João Pessoa e Campina Grande).

Derrubando fake news

A iniciativa de utilidade pública tem abrangência nacional e contará com diversas ações presenciais e no ambiente digital. No site Caneta da Saúde, dedicado à campanha, a população encontrará informações e orientações sobre o diabetes, o uso de insulina, as vantagens e benefícios da utilização da caneta de preenchida de insulina, além de um conteúdo que desmistifica inúmeras “fake news” sobre a doença e seu tratamento. Há uma área destinada aos profissionais da saúde, com um exclusivo e-book e orientações técnicas sobre a utilização das canetas de insulina no SUS.

A ação também pretende engajar e orientar os profissionais de saúde que atuam no tratamento e acompanhamento do diabetes, como médicos, enfermeiros, agentes comunitários e farmacêuticos. A campanha é nacional, fruto da parceria entre a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Associação de Diabetes Juvenil (ADJ), Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD) e da Novo Nordisk. Conta também com o apoio da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) e do Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde).

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Caminhão da campanha Caneta da Saúde vai visitar Unidades Básicas de Saúde em várias cidades brasileiras (Foto: Divulgação)

Principais vantagens da caneta de insulina:

• É mais prática, portátil, discreta e fácil de aplicar fora de casa.

• Economiza tempo, pois não há necessidade de preparo do frasco de insulina.

• É mais segura. Já vem preenchida e com seletor de dose para dispensar a quantidade correta de insulina.

• Mais fácil de usar e, por isso, melhora a aderência ao tratamento, diminuindo picos de glicemia.

• É gratuita: distribuída pelo SUS para pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2 acima de 60 anos e menores de 16 anos.

Caneta preenchida de insulina, oferecisa no SUS (Foto: Divulgação Caneta da Saúde)

Diabetes em números

No mundo, o Brasil ocupa o quinto lugar entre os países com maior número de pessoas com diabetes por milhão de habitantes. Se nada for feito, essa tendência não deve melhorar até 2045. São mais de 13 milhões de brasileiros vivendo com diabetes. Deste total, estima-se que 7% dependam do uso rotineiro de insulina como forma de tratamento e controle da doença. 

Milhares de famílias convivem com uma doença crônica em um dia a dia que exige cuidado intenso e atenção redobrada com a alimentação, a prática de atividade física e a disciplina na manutenção do tratamento, especialmente em tempos de pandemia do novo coronavírus. 

Complicações decorrentes do diabetes também estão entre as principais causas de morte no Brasil. Por isso, preocupados com este cenário, setores público e privado estudam formas de diminuir as mortes entre as pessoas com diabetes e de melhorar sua qualidade de vida, bem como reduzir os custos associados ao diabetes.

Diabetes em tempos de Covid

A pandemia do novo coronavírus desponta no cenário como preocupação extra. Já se sabe que pessoas com diabetes não estão mais suscetíveis a se contaminar se tomarem os cuidados recomentados pelas autoridades de saúde. No entanto, estando no grupo de risco, elas são sim mais susceptíveis a desenvolver as formas mais graves da doença quando o diabetes não está devidamente controlado.

Um tratamento adequado controla os picos glicêmicos evitando, por consequência, emergências médicas neste momento tão delicado da história mundial. Recentemente, pesquisadores descobriram que não só o diabetes é uma comorbidade, o que pode agravar o caso de um paciente com coronavírus, como também pode ser uma consequência tardia para aqueles que contraíram o vírus e se recuperaram.

Ou seja, pesquisadores já trabalham com a hipótese de que o novo coronavírus possa ter como consequência um quadro de diabetes. Esses elementos tornam a campanha “Caneta da Saúde” ainda mais significativa em um momento de escassez de informações sobre o novo coronavírus, com sobrecarga dos profissionais de saúde das unidades médicas e com o isolamento social.

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