Dicas para quem adotou ou pretende adotar um pet

Médico-veterinário separou algumas dicas importantes para quem pretende adotar ou adotou um pet durante a pandemia

Pets ensaio Natalino
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A partir de 2020, a conexão entre tutores e pets ganhou ainda mais força, isso porque a pandemia abriu oportunidades para as pessoas se aproximarem de cães e gatos, entre elas a adoção. Segundo a UIPA (União Internacional Protetora dos Animais), nos três primeiros meses da pandemia, a procura por um animal aumentou 400% e o número de retirados de abrigos, 200%.
Ao adotar um animal, no entanto, tenha ciência de que você terá companhia para, em média, os próximos 10 anos. Por isso, é preciso analisar se você realmente está pronto para possuir um cachorro ou gato e, com isso, evitar o aumento da estatística de, aproximadamente, 30 milhões de cães e gatos abandonados no Brasil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a Lei Federal 9.605/98, o abandono de animais é crime e prevê pena de três meses a um ano, além de multa. Mesmo com todos os benefícios provenientes da convivência com os animais, muitos deles vêm sendo vítimas de diversas formas de agressão cometidas por seus tutores. Portanto, se você realmente estiver disposto a adotar um pet, tenha uma certeza: as responsabilidades valem a pena e todos esses cuidados serão recompensados com muito amor por parte desses animais.

“Ter um animal é sinônimo de felicidade. Não é novidade que eles proporcionam inúmeras vantagens para a família, entretanto é preciso lembrar que a chegada deles traz também grandes responsabilidades, como cuidados com a saúde, que farão parte da rotina do novo tutor”, afirma Marcio Barboza, médico-veterinário e gerente técnico da MSD Saúde Animal.

Saúde em primeiro lugar

Semelhantes aos cuidados com a saúde dos humanos, a atenção à saúde de cães e gatos também é essencial e, para isso, é preciso estar atento, por exemplo, a vacinações, utilização de antipulgas e anticarrapatos, e doenças regionais. Além disso, é essencial que sejam realizadas visitas periódicas à clínica veterinária, para que um profissional possa recomendar os melhores cuidados e ficar de olho em possíveis doenças do pet.

Vale lembrar que, cuidando do seu animal, você garante bem-estar e qualidade de vida também para toda a família!

• Antiparasitários

São responsáveis por deixar seu cachorro ou felino livre de parasitas externos, como pulgas e carrapatos, e de parasitas internos, como os vermes. Pulgas, carrapatos e vermes não são um problema só para o cão e para gato, como todos pensam. Eles podem ser um problema para a saúde do ser humano também! No entanto, para garantir uma proteção completa, o tutor deve realizar a limpeza tradicional no ambiente em que o animal vive e utilizar um ectoparasiticida com rápida eficácia e longa duração, além de vermifugar os animais na frequência adequada (1 a 4 vezes ao ano) protegendo, desta forma, os humanos que estão à sua volta e o lar.

Outro ponto essencial é que as pessoas acreditam que cães e gatos que vivem dentro de casa não são suscetíveis aos parasitas, mas isso não é verdade! As pulgas e carrapatos podem ser trazidas pelos próprios tutores para dentro de casa e proliferam-se no ambiente. Com isso, deixo uma dica bacana: para ajudar na aplicação, existe até um produto transdermal, colocado no pescoço do cão e do gato, que facilita o uso”, orienta Marcio Barboza.

• Vacinação

A vacinação é uma das maneiras mais importantes para garantir a prevenção de doenças do seu pet, como cinomose, leucemia, leptospirose e raiva, já que estimula o sistema imunológico do animal a produzir anticorpos. O especialista orienta que é sempre bom ter em mente que cada cachorro ou gato possui um perfil, comportamento, hábitos e necessidades diferentes. Por isso, a sugestão é de que cada calendário vacinal seja avaliado e montado diretamente com um veterinário, para que, assim, cada pet possa contar com um esquema de proteção personalizado.

• Cuidados com doenças regionais

Assim como é valiosa a vacinação personalizada, é bacana também que o tutor fique sempre atento às enfermidades regionais, como a leishmaniose, uma das mais perigosas do Brasil, que costuma ocorrer com maior frequência nas regiões de Mato Grosso do Sul, Bahia, Pará e interior de São Paulo, sem descartar sua ocorrência em outras regiões do país.

“Por isso, mesmo o animal não morando em área endêmica, é recomendado o uso da coleira repelente que, após ser colocada no pescoço do cão, começa a liberar seu princípio ativo, a Deltametrina, espalhando-se por todo o corpo do animal”, explica o médico-veterinário.

Carinho e atenção não podem faltar

Cachorros e gatos são animais de companhia, o que significa que precisam da presença dos tutores, chamegos e brincadeiras com eles. Então saiba que essa rotina fará parte do seu dia a dia ao adotar um pet. Além disso, o adotante precisará separar algumas horas para promover diversão e passeio.
Porém, em tempos de pandemia, em que as saídas externas não são recomendadas em todos os lugares, é possível promover a felicidade dentro de casa, com o famoso pega-bolinha e até brinquedos interativos.

 

Diga não ao abandono

Os números sobre o abandono de animais domésticos no Brasil são lamentáveis. Existem mais de 20 milhões de cães e 10 milhões de gatos abandonados nas ruas e em abrigos, esperando por um lar, de acordo com uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O abandono de animais domésticos causa sofrimento aos animais, traz prejuízos à saúde pública e é crime previsto pela legislação brasileira.

Quando os cães e gatos são filhotes, as chances de sobrevivência são ainda menores. Estudos mostram que em média 75% dos animais abandonados nessa fase de vida morrem antes de completarem seis meses de idade.

A Lei Federal 9.605/98 classifica como crime ambiental atos de abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação de animais, sejam eles silvestres, domésticos, domesticados, nativos ou exóticos. A pena é de detenção de três meses a um ano, além de multa.

Em 2020, com a publicação da Lei 14064/2020, houve um aumento razoável de pena para quem cometer atos de maus-tratos contra animais domésticos, pois estão indefesos em casa, inclusive diante da pena máxima de 5 anos, não pode ser concedida a fiança, conforme redação:

§ 1º- A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda.

“A penalidade consta no artigo 32 da legislação brasileira e, é aumentada, de um sexto a um terço, quando ocorre a morte do animal”, enfatiza Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios.

Animais de rua correm risco de vida

Os animais de rua vivem em um contexto vulnerável a diversos tipos de maus-tratos, correndo risco de vida. “Os que vivem em abrigos, por sua vez, por mais que recebam cuidados, não têm o mesmo carinho e atenção igual ao de um tutor”, salienta. Segundo ela, a grande maioria dos cães e gatos em vias públicas é semi-domiciliada, ou seja, tem tutor e casa, mas, claramente, seus tutores negligenciam a guarda.

As autoridades pouco podem fazer para punir quem comete maus-tratos se não houver denúncia por parte da população. Denúncias requerem provas ou flagrante. Por isso, é indicado reunir registros em fotos e vídeos, além de recuperar imagens de circuitos de condomínios que possam ter filmado o ato. O material deve ser levado às autoridades policiais, que darão início às investigações.

“Campanhas de adoção de animais abandonados e incentivo para ser realizada a castração, entre outras iniciativas têm formado uma consciência de cuidado e respeito aos animais“, conclui Vininha.

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