Doença celíaca: o que você precisa saber para evitar comer

Um porcento da população mundial não pode consumir glúten. Especialistas alertam para efeitos da intolerância alimentar ao organismo

Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!

Para o bom funcionamento do corpo, dependemos de reações químicas, que são as quebras de substratos que consumimos em nossa alimentação. Para que essa ação ocorra é necessário a atuação de enzimas, que são substancias catalisadoras para essas reações. As pessoas celíacas não possuem a enzima responsável por quebrar o glúten, assim partículas não digeridas das proteínas do glúten se acumulam no organismo e atravessam a camada superficial do intestino delgado, o que desencadeia a reação do sistema imune, agredindo as células da parede externa do intestino e gerando uma inflamação grave.

Além disso, nas pessoas celíacas a ingestão de glúten dificulta a absorção de nutrientes dos alimentos, vitaminas, sais minerais e água o que, consequentemente, pode acarretar uma série de distúrbios como dor e inchaço abdominal, falta de apetite, perda de peso ou desnutrição, diarréia, osteoporose, anemia, infertilidade, câncer de intestino, irritabilidade e queda de cabelo, entre outros sintomas.

A  doença celíaca é autoimune e não existem medicamentos ou procedimentos específicos para o seu tratamento. A única maneira de se livrar dos transtornos e evitar complicações é eliminar todos os produtos com glúten do cardápio e isso inclui massas, pizzas, bolos, pães, biscoitos, cerveja e outros alimentos que contém traços de trigo, aveia, cevada, centeio e malte em suas composições.

Como a doença  não tem cura, a pessoa acometida deve seguir essa dieta rigorosa pelo resto da vida, pois, quando a proteína do glúten é retirada da alimentação, os sintomas da doença desaparecem e a qualidade de vida da pessoa acometida tem uma melhora expressiva.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 1% da população mundial tem a doença celíaca. No Brasil, segundo a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra), são mais de 2 milhões de pessoas acometidas pela doença autoimune. Conforme a Associação de Celíacos do Brasil (Acelbra), há um portador da doença para cada 600 habitantes, mas esse número pode ser ainda maior, pois, embora a doença se manifeste na infância, há pessoas que só são diagnosticadas na vida adulta.

Os primeiros sinais surgem entre o primeiro e o terceiro ano de vida, coincidindo com o período que são introduzidos os cereais na dieta das crianças. Porém, em alguns casos o diagnóstico só acontece na fase adulta, quando o indivíduo já apresenta carências nutricionais graves.

A falta de sintomas específicos da doença dificulta sua identificação, mas o diagnóstico de alergia ao glúten pode ser feito através de exame de sangue ou de biópsia do intestino. Há predisposição genética para o desenvolvimento da doença celíaca, ou seja, familiares de portadores da doença têm maior risco de desenvolver o quadro. Outros fatores de risco são portadores de diabetes tipo 1, síndrome de Down, síndrome de Turner, tireoide autoimune, doença de Addison e artrite reumatóide.

 

 

Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!

You may like

In the news
Leia Mais
× Fale com o ViDA!