Adeus, celulite: FDA aprova injetável para combater o terror das mulheres

Liberado pelo órgão de controle americano, injeção de enzimas provenientes de bactérias degradam colágeno, melhorando aparência e textura da pele

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Uma notícia que deve ser comemorada por nove entre cada 10 mulheres que sofrem com a celulite. O órgão de controle Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, aprovou uma substância injetável, para o tratamento de celulite moderada a grave nas nádegas de mulheres adultas. A previsão é que a técnica chegue ao mercado no ano que vem, mas pode levar alguns anos até chegar ao Brasil.

A colagenase clostridium histolyticum-aaes é o primeiro tratamento de celulite injetável aprovado pela FDA. Nos Estados Unidos, o tratamento vem sendo considerado um divisor de águas para muitas mulheres com celulite. “A empolgação se dá pela atuação, na causa raiz da celulite. E de uma maneira não invasiva, ou seja, sem o corte”, diz a a dermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Substância já foi testada e aprovada nos glúteos

A substância só foi testada e aprovada nos glúteos. Cada nádega pode receber até 12 injeções por sessão. As visitas de tratamento devem ser repetidas a cada 21 dias, por até três vezes. As reações adversas mais comuns (menores que 1%) foram relacionadas ao local da injeção (hematomas, dor, nódulo, prurido, eritema, descoloração, inchaço e calor).

A celulite é multifatorial, e uma de suas causas é a presença de septos fibrosos que ligam a pele à fáscia do músculo (que fica perpendicular à pele, embaixo dela). O resultado é que esses septos puxam a pele para baixo deixando um aspecto ondulado, como se fosse um “colchão”, afirma a médica.

Segundo ela, até agora, rompemos essas traves ou septos fibrosos por métodos mecânicos, ou seja, a subcisão, técnica em que rompíamos essas traves por movimentos de vai e vem. Nesse estudo, uma enzima que degrada o colágeno, material que compõe essas traves, foi usada para dissolvê-los, melhorando o aspecto da celulite. Há lógica nesse método e os resultados podem ser promissores”, afirma a médica.

Como o injetável age no organismo

O injetável combina duas colagenases, AUX-I e AUX-II, que são enzimas purificadas produzidas naturalmente pela bactéria clostridium histolyticum. Em tese, a substância “degrada” os septos fibrosos, que puxam a pele para a fáscia muscular e causam a aparência característica de ondulação da celulite.

Desde o ano passado, na fase 3 dos testes com a substância, esse tratamento era considerado extremamente promissor. “A substância conta com duas enzimas purificadas produzidas por uma bactéria. Ao ser injetada, a substância degrada colágeno dos tipos I e II que formam esses septos fibrosos da celulite, o que leva a uma melhora na aparência e textura da pele”, explica.

Tratamento atual combina várias técnicas

 Hoje em dia, o melhor resultado para tratamento de celulite continua sendo a associação de diversos tratamentos. “O que tem trazido os melhores resultados são os bioestimuladores de colágeno injetáveis (ácido-L-poli-láctico ou hidroxiapatita de cálcio). Isso porque a celulite é uma alteração do tecido adiposo (tecido de gordura, formado por adipócitos = “células de gordura”).

Esse tecido de gordura é flácido e requer a presença de septos de tecido fibroso (fibras de colágeno) para a sua sustentação. Quando esse tecido fibroso é competente, e sustenta o tecido adiposo, não há celulite. Do contrário, quando essa sustentação está ausente, há uma irregularidade característica do tecido adiposo, causando na pele o aspecto de ‘casca de laranja’ da celulite”, explica a médica.

Após o estímulo do colágeno através de injeções com esses bioestimuladores, há uma reorganização desses septos fibrosos com sustentação adequada do tecido adiposo e melhora da celulite e do aspecto da pele, segundo a dermatologista.

Esse tratamento é realizado em consultório dermatológico. São realizadas em média 2 ou 3 sessões com intervalo mínimo de 30 dias entre elas. No consultório dermatológico também há aparelhos de radiofrequência e ultrassom que produzem efeitos térmico e mecânico que podem diminuir a gordura localizada e a flacidez, melhorando o tônus da pele e consequentemente a celulite. Para resultados com esses aparelhos são necessárias de 8 a 10 sessões semanais (duração de 30 a 40 minutos)”, explica.

Para celulite acentuada, a subcisão é técnica até então mais indicada: nesse método, as traves fibrosas que repuxam a pele são rompidas com um bisturi, após anestesia local. “Mas além dos tratamentos, é muito importante que o paciente melhore alguns hábitos de vida, como abandonar o cigarro, refrigerantes e bebidas alcóolicas, faça atividade física e tenha uma dieta mais saudável”, finaliza a dermatologista.

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