O primeiro Natal de um menino transplantado dos rins

Morador da Baixada Fluminense, Miguel completa 10 anos neste dia 25. Ele e Maria Clara, de 12, são algumas das 51 crianças com doença renal crônica beneficiadas por projeto social

crianças com doença renal crônica Crianças com doença renal crônica são atendidas em projeto social da Fundação do Rim (Foto: Divulgação)
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Este Natal será especial para a família de Miguel Santos de Oliveira. Além de completar 10 anos de idade no dia 25 de dezembro, esta será a primeira comemoração em que o menino já está transplantado dos rins. Moradora de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, a família do mais recente transplantado precisou de muita união, luta e ajuda para mantê-lo saudável e bem até que um órgão compatível fosse doado.

A história de Maria Clara Pereira da Silva também teria sido bem diferente, não fossem doações e apoio que ela recebe desde bebê. Com apenas 12 anos de idade, a menina já passou por diversas cirurgias, inclusive dois transplantes renais, já que o organismo rejeitou o primeiro órgão que recebeu. A mãe, Terezinha de Jesus Pereira da Silva, de Ramos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que é auxiliar de enfermagem, precisou parar de trabalhar para cuidar da filha.

No entanto, graças às doações da Fundação do Rim, o leite, os remédios, os exames não faltam para Maria Clara. Por meio de projetos da Fundação, a menina já fez fisioterapia, musicoterapida, começou a ser alfabetizada enquanto estava conectada à máquina de hemodiálise e teve aulas de reforço escolar. “Como mãe, também recebo apoio psicológico e muito acolhimento. A Fundação do Rim também promoveu um curso de corte e costura, que é com o que eu consigo fazer pequenos trabalhos hoje em dia”, revela Terezinha.

“Sinceramente, não sei como teria sido a nossa vida sem essas ajudas com medicamentos, sonda e até brinquedos. O Miguel precisa usar fralda até hoje e nem sempre nós temos dinheiro pra comprar. Tenho certeza de que este será o Natal e o aniversário mais felizes de todos”, conta a manicure Ana Paula dos Santos de Almeida, moradora do Bairro Aliança, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Projeto é financiado por empresas privadas

O apoio às famílias de Maria Clara e Miguel só foi possível porque empresas financiam a Fundação do Rim. A alemã Fresenius Medical Care, líder mundial em produtos e serviços de diálise, é uma das grandes mantenedoras da Fundação. A parceria, que existe há 14 anos, ganhou força com o programa voluntário de colaboradores, que fazem uma doação mensal através da folha de pagamento e a empresa multiplica a quantia arrecadada e repassa para a Fundação do Rim. É o programa ‘Doe Que a Gente Dobra’.

O projeto de musicoterapia para crianças como Maria Clara e Miguel é realizado por meio da colaboração da empresa e de seus funcionários. Somente em 2018, 51 crianças e adolescentes participaram do projeto durante as sessões de hemodiálise. A atividade favorece o desenvolvimento psíquico, com estímulo à audição, recreação, improvisação e composição.

Mais de 1.500 crianças tratam doença renal crônica no Brasil

De acordo com o último censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), há em todo Brasil 1.512 crianças e adolescentes em tratamento de doença renal crônica. Para terem garantia de um futuro melhor, esses pacientes pediátricos precisam submeter-se a sessões de diálise pelo menos três vezes por semana.

“A Fresenius Medical Care tem o propósito de criar um futuro que vale a pena viver para os pacientes, em todo o mundo, todos os dias. Desta maneira, ao longo dos anos, a nossa empresa e os colaboradores estão sendo estimulados a se engajar em eventos de solidariedade, de forma constante e com maior relevância. Por isso, nós apoiamos a Fundação do Rim, organização que ajuda crianças com doença renal e seus familiares”, destaca a diretora de Recursos Humanos do grupo no Brasil, Audrey Paciello.

“O trabalho da Fundação depende diretamente de aportes como esses que recebemos da Fresenius. É desta forma que conseguimos, além de comprar insumos e promover terapias, fazer de tudo para que os pacientes levem uma vida normal, a qual todos têm direito”, explica Lívia Guedes, presidente da Fundação do Rim.

‘Doe que a gente dobra’

Há 20 anos, a responsabilidade social como forma de gestão engatinhava no Brasil, mas estudo recente da Universidade de Manchester (Inglaterra) mostra que países emergentes como o Brasil estão avançando no ambiente regulatório e engajamento das empresas.

De acordo com o World Giving Index 2017, o Brasil aumentou sua participação no quesito voluntariado, em relação ao ano anterior, indo de 18% para 20% dos entrevistados. No caso da multinacional Fresenius Medical Care, hoje 25% do quadro de colaboradores estão engajados mensalmente no projeto ‘Doe Que A Gente Dobra’, que envolve funcionários que contribuem para a Fundação do Rim.

Neste fim de ano, os colaboradores da multinacional estão novamente apadrinhando 44 crianças da Fundação do Rim, na campanha ‘NatalSolidário’.

“Há uma grande procura por esse tipo de ação e em poucos minutos todas as crianças foram adotadas por nossos funcionários e receberam os presentes que pediram ao Papai Noel. Se pensarmos que as famílias da maioria dessas crianças são de baixa renda e não têmcondições de proporcionar essa alegria, esse movimento solidário se torna ainda mais especial”, revela Audrey Paciello.

Fonte: Fresenius Medical Care, com Redação

 

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