Orla do Rio ganha projeto inédito de reciclagem de lixo

Projeto na orla do Rio pretende revolucionar a forma de descarte e reaproveitamento de lixo, com instalação de pontos de entrega voluntária de lixo

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Em 2050 os oceanos terão mais plástico do que peixes. Se você está por dentro do que acontece no mundo já deve ter ouvido essa frase antes. Pensando nesse grande impacto ao meio ambiente as empresas Orla Rio e Polen se juntaram para criar o projeto de sustentabilidade, Recicla Orla, que por sua vez tem o objetivo de revolucionar a forma de descarte e reaproveitamento do lixo na orla e seu entorno.

A Orla Rio Concessionária, responsável pela administração de 309 quiosques na orla carioca, será responsável pela colocação, gestão e operação de pontos de entrega voluntária em toda a orla do Rio de Janeiro. Todo o material coletado será reciclado e voltará para o ciclo de produção.

O projeto foi lançado este mês de forma piloto na praia do Leblon. A partir dos resultados alcançados, ao longo dos próximos três meses, será criado um cronograma de instalação para todos os 309 quiosques da orla do Rio. Durante o mês de maio, os pontos de entrega voluntária (PEV) terão promotores que irão orientar a população sobre o descarte correto dos resíduos.

Renato Paquet, CEO da Polen, e Guilherme Borges, diretor de Marketing e Venda da Orla Rio, explicam de que forma um sistema moderno e inteligente identificará que um volume específico de resíduos saiu de um determinado ponto de entrega.

“Os resíduos serão coletados, selecionados e direcionados a reciclagem, voltando para a indústria, que fará a reutilização desse material. Os dados do processo ficarão registrados em uma blockchain para que as empresas possam utilizá-los para comprovar a realização da logística reversa de suas embalagens pós-consumo e cumprir com a legislação em vigor”, afirma Renato Paquet

Cada ponto de entrega voluntária terá um QR Code para identificar o tipo de resíduo que está sendo descartado e assim agregar mais valor aquele resíduo que será reutilizado.

“Por exemplo, será possível criar uma linha de produtos, como camisas, shorts, diversas opções, a partir do plástico retirado de uma determinada região da orla do Rio, que é conhecida mundialmente, obtendo assim ainda mais valor ao resíduo que foi descartado corretamente nos pontos de entrega do projeto”, completa Guilherme Borges

O projeto chega também com o propósito de melhorar a coleta seletiva no Rio de Janeiro que ainda é muito baixa, se comparada com outras capitais do mundo, segundo os resultados da Pesquisa Ciclosoft, realizada pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem – Cempre, apenas cerca de 5% dos resíduos coletados são reciclados.

MAIS SOBRE O PROJETO

O Recicla Orla surgiu como uma solução para que as pessoas possam fazer o descarte correto dos resíduos gerados nas praias cariocas e ao mesmo tempo ajudar as empresas a cumprirem as suas metas de logística reversa. Essa é uma das melhores formas de preservar o ecossistema, dando um destino certo e eficaz aos resíduos produzidos no dia a dia. Pesquisas já comprovaram que 80% do lixo que vai para o oceano tem origem terrestre. Isto se dá a gestão inadequada dos resíduos e também pela falta de conhecimento e cultura da população.

Hoje, com o avanço da PNRS (Lei nº 12.305/10), temos uma implementação cada vez mais eficaz da logística reversa. A lei contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário do país no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. Porém, para que haja mudança é preciso a colaboração de todos, no projeto, tanto os frequentadores das praias, quanto os operadores de quiosques e até mesmo os moradores da região terão uma alternativa sustentável para o descarte de seus resíduos.

Final de semana verde no Rio

A iniciativa Green Rio promove neste final de semana a sua oitava edição. Além de conhecer produtores comprometidos com alimentação saudável e desenvolvimento sustentável, o público terá acesso a Conferência Green Rio com palestrantes do Brasil e de outros países. O evento acontece na Marina da Glória, Av. Infante Dom Henrique – RJ, nos dias 23 e 24 de maio, das 10h às 18h e no dia 25, das 10h às 17 horas. As inscrições são gratuitas , basta se inscrever pelo site www.greenrio.com.br/inscricoes/ .

Neste ano serão discutidos temas de extrema relevância como Economia Verde, Agricultura familiar , Bioeconomia, Energia renovável, Plantas Medicinais, Empreendedorismo, Tecnológico em sustentabilidade, Mercado de Cosméticos na Economia Verde, Amazônia, dentre outros. A programação desta edição reúne expositores de diversos estados do Brasil, palestrantes, representantes da Economia Verde, oficinais de gastronomia e rodadas de negócios, dos setores orgânicos e sustentáveis fazem parte deste evento.

O evento que acontece desde 2012 , esse ano contará com a participação de diversos profissionais de renomadas instituição, empresas e organizações, dentre elas estão a Fiocruz, Ufrj, Sesc RJ , Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Sebrae Amazonas, Fórum de Desenvolvimento do Rio,  Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica- Absolar, Associação Brasileira de Energia Eólica, entre outras.

Debates gratuitos sobre Ciência, Clima e Igualdade de Gênero

Um debate sobre mudanças climáticas e outro sobre o papel das mulheres na Ciência vão reunir, em dias diferentes, pesquisadoras brasileiras e australianas no Museu do Amanhã, em maio. No dia 23, a geneticista Jenny Graves, a física Márcia Barbosa e a advogada Kate Jenkins vão discutir perspectivas de gênero no campo científico dos dois países, no evento “Aqui e lá: mulheres na ciência no Brasil e na Austrália”. 

No dia 27, a pesquisadora Fiona Cameron vai dar uma palestra sobre a participação dos museus no debate das mudanças climáticas globais. Os dois eventos são uma parceria do Museu do Amanhã com a Embaixada da Austrália.  

O debate do dia 23 será uma oportunidade de diálogo e compartilhamento de perspectivas multiculturais entre Brasil e Austrália, sob o olhar de pesquisadoras proeminentes e pessoas públicas de ambos os países. Jenny Graves e Márcia Barbosa irão refletir sobre sua experiência como cientistas sêniores de destaque em seus campos, e sobre a cultura acadêmica de seus países.

Elas irão oferecer visões sobre culturas acadêmicas em mudança e estratégias para aumentar a participação de mulheres e meninas na Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM, em inglês)Kate Jenkins irá abordar a posição em geral da participação feminina em STEM, no contexto econômico australiano, incluindo o valor de mais equidade de gênero para as sociedades e seus diversos setores. 

Já na palestra do dia 27, “Museus e o amanhã do climaFiona Cameron vai falar sobre a pesquisa que analisou instituições na Austrália e Estados Unidos – e mostrou que museus de História Natural e centros de Ciência têm papel importante na governança global de meio ambiente. Fiona contará sobre a experiência que ela e seus colegas tiveram em analisar opiniões das pessoas sobre mudanças climáticas, a partir do ponto de vista da relação delas com museus – também falará sobre os caminhos para onde estes achados apontam.  

Da estagiária Vanessa Silva, com supervisão de Rosayne Macedo e informações de assessorias

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