Em tempos de tanto ódio, um alerta para uma doença animal que pode afetar e matar os humanos: a raiva animal. A doença afeta o sistema nervoso central, podendo evoluir para óbito da pessoa contaminada. A raiva está controlada e sem apresentar registro de casos em humanos há quase 30 anos no Rio de Janeiro, mas ainda oferece risco à população, pois a cidade conta com um número alto de morcegos, cachorros e gatos, principais transmissores do vírus.
Por conta disso, a Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses lança nesta segunda-feira (15) a campanha “Se liga, bicho! Raiva é caso sério – 2018”, com o objetivo de vacinar 500 mil cães e gatos. A vacina antirrábica protege os animais contra a raiva e evita a transmissão da doença aos seres humanos.
No sábado, dia 20 de outubro, os postos volantes começam a percorrer as comunidades de difícil acesso no município, para levar a vacina aos cães e gatos desses locais. Serão quatro kombis adesivadas, com dois profissionais e capacidade de vacinar 1.000 animais por dia, cada, informou a Secretaria Municipal de Saúde.
Nesse dia, também inicia a vacinação em 814 postos fixos espalhados por todas as regiões do município. Serão cinco sábados, até o dia 15 de dezembro. Cada sábado será numa área programática da cidade. Os endereços de todos os postos podem ser conferidos no site www.prefeitura.rio/vigilanciasanitaria.
Durante a campanha, cães e gatos de moradores de rua também serão vacinados por um posto volante, onde estarão vacinadores e técnicos da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos. De acordo com a subsecretária municipal de Saúde, Márcia Rolim, a meta deste ano é vacinar mais que no ano passado, quando alcançou a marca de 468 mil animais vacinados, um recorde depois de 6 anos.
Nós já conseguimos um salto enorme no número de animais vacinados. No ano passado a cobertura foi muito maior que a de 2016, quando foram vacinados apenas 72 mil animais. E neste ano será muito mais, pois vamos colocar mais 144 postos de vacinação na rua, além dos 670 que foram colocados no ano passado, e vacinar os animais de pessoas que vivem em situação de rua”, garante a subsecretária.
Na hora da vacinação, os cães deverão estar com coleira e guia, e os gatos em caixas de transporte apropriadas. Animais com temperamento agressivo devem estar com focinheira. Sintomas como dores no local vacinado, febre e comportamento mais quieto do animal podem ocorrer por até 36h após a aplicação. As vacinas são repassadas pelo Ministério da Saúde, responsável pela aquisição.
Simpósio sobre Raiva Animal reunirá especialistas
O lançamento da nova campanha será feito nesta segunda (15), a partir das 9h, no auditório do Centro Administrativo São Sebastião, na Cidade Nova. No local, haverá cinco postos volantes, com vacinadores e equipamentos para realizar a vacinação dos animais da região.
No dia do lançamento também será realizado o II Simpósio de Raiva Animal, um espaço em que especialistas em zoonoses vão promover um debate sobre a doença e sua profilaxia para profissionais vinculados à rede pública de saúde, como médicos veterinários, médicos, enfermeiros, auxiliares, técnicos, estudantes, entre outros.
Os temas abordados nesse simpósio serão a epidemiologia e o diagnóstico do vírus da raiva, bem como a experiência do município na captura de morcegos, por meio de solicitações encaminhadas à central de atendimento 1746.
O que fazer se for mordido por um animal com raiva
A raiva é uma doença que compromete o sistema nervoso do homem, sendo incurável e com índice de letalidade próximo a 100%. É uma zoonose viral e todos os mamíferos estão suscetíveis ao vírus da raiva, podendo transmiti-la. Mas cães, gatos e morcegos são os principais transmissores. A vacina é a única maneira de controlar a doença.
Caso uma pessoa seja mordida por um desses animais, deve lavar o local machucado imediatamente, com água e sabão. Ao mesmo tempo, deve-se procurar a unidade de saúde mais próxima, onde receberá os primeiros cuidados e será encaminhada para uma das unidades especificas que funcionam como polo de profilaxia da raiva. Se possível, isolar o animal por 10 dias, para ver o grau de observação da doença, e informar se tem dono e o endereço onde habita.
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