Robô salva até 12 vidas por dia na luta contra a sepse em hospitais

Primeiro robô gerenciador de riscos do mundo já ajudou a salvar 12.283 vidas em 1.003 dias de operação em 13 hospitais brasileiros

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Os índices de mortalidade por sepse no Brasil são considerados alarmantes, chegando a 65% dos casos, enquanto a média mundial é de 40%. Segundo o ILAS (Instituto Latino Americano da Sepse) apenas 27% dos médicos conseguem diagnosticar de maneira precoce a infecção generalizada que leva à septicemia e, na maioria dos casos, até à morte. Uma tecnologia inovadora implantada nos hospitais para identificação precoce dos riscos de deterioração clínica promete ajudar a fazer o diagnóstico precoce de deteriorações clínicas, como a sepse.

Implantado desde 2016 em 13 hospitais, o Robô Laura já teve cerca de 1,2 milhão de pacientes conectados, reduzindo a taxa de mortalidade hospitalar em 25%, em média, segundo seu criador, o arquiteto de sistemas Jac Fressatto. O recurso usa a inteligência artificial e a tecnologia cognitiva para fazer o gerenciamento de dados da rotina do hospital e emitir alertas. A plataforma lê as informações dos pacientes e emite alertas para a equipe assistencial a cada 3,8 segundos, sendo capaz de ajudar a salvar até 12 vidas por dia nos hospitais.

Robô funciona em hospital sem prontuário eletrônico

Cada vez mais a tecnologia se firma como aliada na otimização de tempo e recursos em saúde. E o Robô Laura ganha cada vez mais espaço no cenário médico brasileiro. Pela primeira vez, a Laura passou a atender um hospital sem prontuário eletrônico: o Hospital Bom Jesus do Rio Negro, no interior do Paraná.

“O funcionamento na instituição é um marco importante para a Laura, pois mostra que as inovações na saúde podem ser democráticas”, explica o diretor de tecnologia da Laura, Cristian Rocha. Segundo ele, apesar de o hospital não possuir a ferramenta que concentra digitalmente os registros de saúde do paciente, a inteligência artificial funcionará de forma similar aos demais hospitais.

A principal diferença deste hospital para os demais é que o prontuário eletrônico não é completo, então os enfermeiros terão que coletar e armazenar os sinais vitais do paciente através de um aplicativo que enviará as informações para o posto de enfermagem”, afirma Cristian.

A diretora do Hospital Bom Jesus do Rio Negro, Jurema Gontarski, conta que a instalação do Robô Laura será primordial para otimizar o atendimento aos pacientes. “Com o auxílio da tecnologia do Laura no monitoramento dos pacientes, a equipe multidisciplinar terá condições de atender as prioridades apontadas pelo sistema de inteligência artificial do Robô Laura tanto na área de internação quanto no atendimento no Pronto Atendimento”, destaca.

Em Santa Catarina, por meio da plataforma de inteligência artificial, passou a ser possível analisar sinais vitais, exames laboratoriais e medicações administradas em pacientes de 75 leitos. ”O motor de inovação é uma alavanca importante e acelera a vanguarda da cooperativa em ter e ser o primeiro hospital do estado de Santa Catarina a implantar esse tipo de tecnologia”, diz Richard Oliveira, CEO da Unimed Grande Florianópolis.

O robô também foi implementado no Hospital de Clínicas de Passo Fundo (RS), o Hospital Renascença (SE), primeiro estado da Região Nordeste. A Laura já estava em pleno funcionamento em 13 instituições de saúde e tem sido reconhecida por gerar inovação e impacto social, com prêmios como o Abril & Dasa de Inovação Médica e HIMSS-Elsevier Digital Healthcare.  

Com Assessorias

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