Sem divã e poltrona: a psicanálise na pandemia

Obra discute o novo normal imposto aos profissionais e pacientes de psicoterapia desde o início da pandemia

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Em 2016, apenas 2% da população faziam algum tipo de tratamento de psicoterapia para resolver problemas pessoais, segundo o estudo realizado pelo Market Analysis. Mas após a pandemia e o isolamento social, temas como depressão, ansiedade e pânico tornaram-se prioridade na vida de muitas pessoas. A saúde mental finalmente conquistou sua importância no debate.

As mudanças provocadas pelas medidas de isolamento social para conter a disseminação do coronavírus impuseram aos psicanalistas e aos pacientes uma nova configuração do setting analítico: nada de divã e poltrona, dispositivos definidores da psicanálise. Com isso, seus praticantes se depararam com sessões virtuais para prosseguir o tratamento, e então perguntas surgiram sobre o papel do corpo na psicanálise e as incidências do contexto e trauma sociais sobre aqueles que demandam atendimento clínico.

Mais: como a análise pode auxiliar na compreensão do sujeito contemporâneo, premido por dilemas cada vez mais complexos? “Psicanálise e Pandemia“” vbusca, porm eio de artigos escritos por autores de diversas regiões do país e do mundo, entender como as mudanças analíticas afetaram a prática clinica e a sociedade, estando ambas atravessadas, desde a fundação da psicanálise, pelo luto, mal-estar político e angústia frente às incertezas e instabilidades do mundo.

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Psicanálise e pandemia, organizado pelo Fórum do Campo Lacaniano do Mato Grosso do Sul e publicado pela Aller Editora, busca, através de artigos escritos por autores de diversas regiões do país e do mundo, entender como a presente situação afetou a prática clínica e a sociedade, estando ambas atravessadas, desde a fundação da psicanálise, pelo luto, mal-estar político e angústia frente às incertezas e instabilidades do mundo.

Assim, os autores desta obra se perguntam: o isolamento e suas consequências inseriram na clínica novas questões ou aprofundaram aquelas que já existiam?

Para dar cabo da reflexão, os autores recorreram tanto a textos seminais da formação analítica — como Luto e melancolia, de Sigmund Freud, e O aturdito, de Jacques Lacan — quanto a obras de arte e a acontecimentos políticos recentes, visando pôr o discurso analítico em circulação na esfera pública, hoje saturada pelos discursos científico, da autoridade, do mestre e, sobretudo, pelas fakenews, e reelaborar sua epistemologia”, explica a psicanalista Fernanda Zacharewicz , doutora em Psicologia Social pela PUC/SP e editora na Aller.

Autores: Alba Abreu, Andréa Brunetto, Antonio Quinet, Bernard Nominé, Carmen Gallano, Claudia Wunsch, Daniel Foscaches, Hilza Maria, Isloany Machado, Lia Silveira, Luis Izcovich, Marcelo Bueno, Marilene Kovalski, Marisa Costa, Pricila Pesqueira, Rainer Melo, Tatiana Siqueira, Zilda Machado.

Sobre a editora: Formada pela psicanalista Fernanda Zacharewicz e pelo jornalista e publisher Omar Souza, a Aller Editora oferece em seu catálogo obras que se debruçam sobre os temas cruciais da teoria e da prática clínica, desde seus fundamentos até as repercussões dos debates atuais sobre o sujeito contemporâneo. Inspirada pelo verbo francês aller, que significa “ir”, a casa editorial convida leitores, atuantes na área de psicanálise ou não, a percorrer caminhos que cruzam fronteiras e a embarcar nesse desafio que é ler como movimento.

FICHA TÉCNICA
Páginas: 208
Editora: Aller Editora
Gênero: Psicanálise
Preço: 49,90
Link para comprahttps://bit.ly/35Xelqt

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