Setembro Amarelo: 17% dos brasileiros já pensaram em tirar a própria vida

A cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio no mundo e a cada 3 segundos uma tenta se matar. Associação Brasileira de Psiquiatria e Conselho Federal de Medicina se unem em campanha de conscientização do suicídio

depressão afeta cada vez mais os jovens e pode levar ao suicídio Depressão afeta cada vez mais os jovens e pode levar ao suicídio (Foto: Pixabay)
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A cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio no mundo, o que corresponde ao tempo aproximado de leitura deste texto, e em relação às tentativas é ainda mais assustador: a cada três segundos. O Brasil é o oitavo país em número absoluto de suicídios. Todos os anos, são registrados cerca de um milhão de suicídios no mundo, sendo 12 mil no Brasil.  Pesquisa aponta que 17% dos brasileiros já pensaram, em algum momento, em tirar a própria vida.

São números alarmantes sobre um tema que ainda é um tabu. Afinal, o suicídio e as doenças mentais não escolhem gênero, idade ou classe social. Quase a totalidade (96,8%) dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais, em sua maioria não diagnosticados, tratados de forma inadequada ou não tratados de maneira alguma. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

Para conscientizar os brasileiros sobre a prevenção do suicídio, desde 2014 a Associação Brasileira de Psiquiatria e o Conselho Federal de Medicina (CFM) se unem para trazer ao Brasil a campanha mundial Setembro Amarelo, desenvolvendo, em parceria com várias instituições nacionais, ações de conscientização da sociedade.

“Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Precisamos ajudar a população com prevenção, informar que é fundamental tratar todas as doenças mentais, principalmente as que possuem aumento de risco de atentado contra a própria vida”, alerta o coordenador nacional da campanha Setembro Amarelo, Antônio Geraldo da Silva.

Metade nunca buscou ajuda profissional

Dos que morrem por suicídio, cerca de 50% a 60% nunca se consultaram com um profissional de saúde mental ao longo da vida. Além disso, metade dos que morrem por suicídio foram a uma consulta médica em algum momento do período de seis meses que antecederam a morte, mas 80% foram ao médico não psiquiatra no mês anterior ao atentado contra a própria vida.

Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a terceira principal causa de morte. “Notamos ainda um aumento considerável, no País e no mundo, do comportamento suicida entre jovens e adolescentes, com motivações complexas, podendo incluir humor depressivo, uso de substâncias psicoativas, rejeição familiar, negligência, entre outros”, comenta Dr. Antônio.

O suicídio é uma grande questão de saúde pública em todos os países. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2014), é possível preveni-lo, desde que, entre outras medidas, os profissionais de saúde, de todos os níveis de atenção, estejam aptos a reconhecerem os fatores de risco presentes, a fim de determinarem medidas para reduzir tal risco.

O suicídio é uma emergência médica e, por isso, é fundamental o papel de todos nós nessa campanha, com ações efetivas de orientação sobre o risco, de informação sobre como preveni-lo e também no atendimento emergencial”, reforça o psiquiatra.

Durante todo esse mês, a Associação Brasileira de Psiquiatria vai trabalhar com foco na campanha Setembro Amarelo, com ações específicas em todo o Brasil.  No site da campanha (www.campanhasetembroamarelo.com.br) estão todas as orientações necessárias para participar, além de material disponível para download gratuito.

Fonte: ABP

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