SUS tem tratamento para tabagismo: no RJ, 15 mil já conseguiram parar de fumar

Conheça a história de Sueli, que parou de fumar após 30 anos e hoje influencia posittivamente outras pessoas. Veja como buscar ajuda no SUS

cigarro
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Parar de fumar é muito, muito difícil, mas não é impossível. E hoje em dia, há muitas formas para ajudar quem realmente quer largar esse hábito. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nos hospitais para quem deseja parar de fumar.

O Inca – Instituto Nacional do Câncer é o órgão do Ministério da Saúde responsável pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), por meio da articulação da rede de tratamento do tabagismo no SUS, em parceria com estados e municípios e Distrito Federal.

O tratamento inclui avaliação clínica, abordagem mínima ou intensiva, individual ou em grupo e, se necessário, terapia medicamentosa juntamente com a abordagem intensiva. No Estado do Rio, 72 municípios dispõem do Programa Contra o Tabagismo da SES. Nos últimos dois anos, o programa contribuiu para que 15.289 pessoas deixassem de fumar.

O programa é realizado nas unidades básicas de saúde da rede SUS por profissionais de saúde capacitados para o tratamento. O fumante passa por uma avaliação clínica para identificar o grau de dependência à nicotina e a melhor abordagem para ajudá-lo a parar de fumar”, ressalta Samir.

Algumas instituições privadas também oferecem programas de cessação do tabagismo. Um exemplo é o Grupo Oncoclínicas, com o apoio do Instituto Oncoclínicas, que vem conduzindo um amplo programa para pacientes e colaboradores.

Suely venceu o vício após 30 anos

Suely Perestrelo, de 59 anos, é ex-fumante e venceu a dependência do cigarro depois de 30 anos. Com histórico de câncer na família, ela queria abandonar o hábito e buscou ajuda em vários grupos de apoio para parar de fumar. “Abandonei os grupos de apoio por duas vezes, pois todos conseguiam parar de fumar, menos eu. Morria de vergonha”, diz ela, que deixou de fumar depois de ser sensibilizada por um pedido do pai, também fumante.

Sueli conta sobre o efeito positivo da sua decisão. “Quando parei de fumar, muita gente veio atrás e se livrou da dependência. Me sinto realizada. Ser uma influenciadora para promover saúde é positivo. Se eu puder interferir para o bem das pessoas, apoiando e dando exemplo, ótimo”, destaca. “Na pandemia fiquei muito ansiosa e isso é perigoso. É preciso muito apoio e informação. Segui firme pelos meus filhos e por ter me tornado exemplo de perseverança na família, uma espécie de ‘influencer pró-saúde'”, conta ela.

‘É um problema de saúde, não é um hábito’, diz médico

Para parar de fumar, é fundamental que familiares, amigos, colegas de trabalho incentivem e não julguem. “Não existe nada pior do que a cobrança sem cautela sobre essas pessoas. Quem fuma é dependente do cigarro. É um problema de saúde! Não é um hábito, como escolher uma série de TV para assistir, é uma dependência”, alerta o médico Luiz Augusto Maltoni, diretor da Fundação do Câncer.

Para o epidemiologista Alfredo Scaff, consultor médico da Fundação do Câncer, tratar de um assunto como a dependência do tabaco de forma natural ajuda a sociedade. “É algo que está em nosso cotidiano e que muita gente não vê como dependência química, mas é. Quando lançamos ações que falam abertamente, a população entende, reflete e temos resultados positivos”, ressalta.

Passo a passo para parar de fumar:

– Entender por que está fumando;

– Buscar ajuda de um profissional qualificado e um tratamento;

– Aumentar a ingestão de líquidos;

– Consumir legumes, verduras e frutas;

– Evitar doces e comidas gordurosas;

– Praticar atividade física.

Com Fundação do Câncer e SES-RJ

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