Transtorno Opositivo Desafiador terá atenção especial no RJ

Assim como TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, TOD deve ser diagnosticado e tratado. Escolas precisam se preparar

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Quando se tem uma criança extremamente desobediente, teimosa ou respondona, é possível que ela seja diagnosticada com o que a Ciência chama de Transtorno Opositivo Desafiador. Mais conhecido pela sigla TOD, este é um padrão recorrente ou persistente de comportamento negativo, desafiador ou mesmo hostil direcionado geralmente por crianças e adolescentes contra figuras de autoridades, como pais, educadores e outros adultos.

Uma boa notícia para quem sofre com esse transtorno no Estado do Rio de Janeiro saiu nesta sexta-feira (1/7) no Diário Oficial. A Lei 9.750/22, de autoria do ex-deputado Átila Nunes, aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e sancionada pelo governador Cláudio Castro, prevê a inclusão de pessoas com TOD no Programa de Diagnóstico e Tratamento criado em 2016 pela Lei 7.354 e que até então previa apenas atendimento especial a quem sofre com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDHA).

O programa já em vigor inclui atendimento escolar especializado, em caráter preventivo nas unidades de ensino do Estado do Rio, com início na Educação Infantil, nas creches e pré-escolas, assegurando os serviços de Educação Especial aos alunos que, após diagnóstico médico, evidenciem a necessidade de atendimento especializado.

A legislação atual também determina que os sistemas educacionais das redes pública e particular garantam aos educadores do Ensino Fundamental e Médio capacitação permanente, orientada por profissionais de saúde, contendo aspectos globais dos transtornos e suas implicações que possibilitem identificar os padrões em alunos.

Tratamento pode incluir psicoterapia, remédios e neuropsiquiatra

É fundamental que pais ou responsáveis busquem apoio de recursos terapêuticos e especialistas para lidar com esse transtorno, que acaba restringindo a vida social de quem tem o problema, por conta de constantes manifestações hostis, negativistas e antissociais. O tratamento é feito com psicoterapia individual associada a psicoterapia dos pais e responsáveis. O tratamento da criança ou adolescente pode incluir medicamentos e o acompanhamento de um neuropsiquiatra.

Gesika Amorim, neuropsiquiatra, pós-graduada em Psiquiatria e Neurologia, e referência no tratamento do autismo, explica que o TOD começa na infância, a partir da idade escolar e é mais comum em meninos. A criança que tem esse transtorno não cumpre regras, se envolve em confusões constantes e nada lhe faz ter medo.

“Ela apresenta uma atitude desafiadora e contestadora a autoridade de qualquer adulto o tempo inteiro; se manifesta durante alguns anos ou a vida inteira, e pode ser incurável. Geralmente as causas que vimos são predisposições neurobiológicas, fatores de risco psicológicos, ambiente social nocivo. Apesar disso, a criança pode se socializar e ter amigos da mesma faixa etária”, ressalta.

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