7 mitos e verdades sobre o câncer de pulmão

Dados fazem parte da campanha Respire Agosto, para conscientizar sobre câncer de pulmão e sua relação com o tabagismo

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O hábito de fumar é nocivo à saúde e responsável por diversas doenças, sendo a principal delas: o câncer de pulmão, segundo mais comum no Brasil e o que mais mata, sendo responsável pela morte de 29.354 pessoas, em 2019, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que os fumantes têm 20 vezes mais chances de desenvolverem o carcinoma.

Para marcar o Dia Nacional de Combate ao Fumo, lembrado neste último domingo (29), o Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL) – o mesmo que organiza a campanha Novembro Azul – desenvolveu a campanha Respire Agosto, que tem por objetivo disseminar a conscientização, com objetivo de alertar a população em geral sobre a doença. O diagnóstico precoce é um dos pontos abordados na campanha, que este ano traz o tema “Fôlego para a Vida”.

“Os mitos relacionados à doença precisam ser quebrados. É um erro pensar que só os fumantes podem desenvolver a doença. Outros fatores podem ocasionar o surgimento, como o histórico familiar e diversas atividades laborais, por exemplo”, afirma a presidente do LAL, Marlene Oliveira, apontando para a necessidade de a população estar devidamente informada sobre as causas do câncer.

Segundo ela, a campanha procura orientar e estimular a população a dar atenção à saúde dos pulmões, sejam os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) ou aqueles que têm planos médicos para que em suas passagens pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou pelos consultórios de especialistas questionem sobre como fazer o controle da saúde dos pulmões.

“Quando os sintomas do câncer de pulmão, como tosse persistente, rouquidão e falta de ar aparecem, o tumor pode estar em estágio avançado”, reforça Marlene.

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Mitos e verdades sobre o câncer de pulmão

1 – O cigarro eletrônico é menos nocivo que o cigarro tradicional.

Mito. O cigarro eletrônico é maléfico para a saúde do pulmão e aumenta as chances do desenvolvimento do câncer. Um estudo desenvolvido pela Universidade de Portland, nos Estado Unidos, constatou que o vapor dos cigarros eletrônicos pode ser 15 vezes mais cancerígeno que o cigarro tradicional, devido a uma substância chamada formaldeído, presente no produto.

2 – Fumar narguilé não faz tão mal à saúde.

Mito. O uso de tal artifício aumentam as chances do surgimento do câncer. O Narguilé utiliza água para resfriar a fumaça e proporciona uma inalação mais profunda. Com isso, as substâncias cancerígenas, como metais pesados e altos níveis de nicotina, penetram nos pulmões com mais facilidade. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a absorção do cobalto, por exemplo, é maior em uma sessão de narguilé, equivalente a 100 tragadas, em comparação a fumar um único cigarro. A inalação corresponde a 70ng e 0,13ng respectivamente.

3 – Só desenvolve câncer de pulmão quem é fumante.

Mito. Os fumantes têm maior propensão ao desenvolvimento desse tipo de câncer, perfazendo o total de cerca de 80% dos acometidos pela doença, já que o tabaco é o principal fator de risco. Porém a exposição ao gás radônio e ao amianto, por exemplo, também são fatores que acarretam o desenvolvimento da doença e quem trabalha diretamente exposto a esses componentes devem estar atentos e realizar exames periódicos. O histórico familiar também deve ser observado.

4 – Fumante passivo pode ter câncer de pulmão.

Verdade. A exposição ao tabagismo, mesmo sendo passiva, aumenta os riscos do surgimento da doença. A inalação da fumaça é um fator de risco. Por isso é importante estar alertas também às crianças, que podem ser fumantes passivos por conviverem com adultos tabagistas.

5 – Abandonar o hábito de fumar depois de muitos anos, auxilia no não desenvolvimento do câncer.

Verdade. Nunca é tarde para largar hábitos nocivos à saúde. Por mais que a pessoa tenha fumado por muitos anos, o fato de ela interromper o uso impacta de forma positiva na saúde e na qualidade de vida. Segundo especialistas do Comitê Científico do LAL, na terceira semana sem consumir tabaco é possível observar a melhora da respiração e da qualidade do sono. Depois de 10 anos sem fumar, o risco de infarto é equivalente ao de uma pessoa que nunca fumou.

6 – Câncer de pulmão tem cura.

Verdade. A detecção precoce, aliada a um tratamento adequado, aumenta as chances de cura. Uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer no Estados Unidos revela que 55,2% dos pacientes que obtiveram um diagnóstico da doença ainda localizada alcançam uma sobrevida de 5 anos ou mais. Com a radiografia do tórax, um exame simples, é possível detectar a presença do tumor e combater seu desenvolvimento. Para isso, é imprescindível a ida frequente ao médico e o check-up anual.

7 – Poluição atmosférica também é um fator de risco.

Verdade. O contato com a poluição pode aumentar a incidência do câncer de pulmão. O despejo de gás carbônico emitido pelas chaminés das indústrias, assim como outros gases, também é prejudicial.

Campanha Respire Agosto em 2021

Para 2021, foram previstas diversas atividades e divulgações de conteúdo ao longo do mês para a campanha Respire Agosto, como o lançamento de episódios no “Lado a Lado Podcast”.  “O cenário do câncer de pulmão no Brasil e no mundo”, com o oncologista William Nassib, é primeiro da série já está disponível nas plataformas de streaming.

Uma entrevista com Fernando Santini, oncologista, membro do Comitê Científico do LAL e médico titular do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova Iorque, traz informações esclarecedoras sobre a doença, diagnóstico, tratamento. Peças de divulgação da campanha estão expostas no Top Center Shopping, na Avenida Paulista, e nos monitores das estações e nos vagões das linhas 4-Amarela e 5-Lilás do metrô de São Paulo.

Encerrando a programação, acontece a live “Mitos e verdade sobre o câncer de pulmão”, com transmissão agendada para terça-feira, dia 31/8, das 18h às 19h30, pelo Instagram. Participarão Marlene Oliveira, presidente do LAL; Fernando Vidigal, coordenador médico e oncologista da Oncologia Dasa, regional Brasília; Ciro Kirchenchtejn, pneumologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e membro do Fórum de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Fonte: LAL, com Redação

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