Um dos maiores dramas para os homens atende pelo nome de disfunção erétil, a popular “brochada”. Mas o problema é mais comum do que se imagina e nem sempre pode indicar algo mais grave. Estima-se que, por volta dos 40 anos, todo homem pode apresentar algum grau de disfunção erétil e, conforme pesquisas, o número pode crescer em até 10% a cada década de vida.
A questão vem especialmente à tona neste Dia Internacional do Homem (19 de novembro). A data chama atenção para cuidados com a saúde masculina, reforçando também a campanha Novembro Azul. A ação visa conscientizar a população masculina sobre a importância da consulta e do diagnóstico precoce do câncer de próstata, segundo tipo mais comum entre os homens, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Para o médico urologista Carlos Watanabe, da Aliança Instituto de Oncologia, o sexo ainda é motivo de preconceito entre os homens. “Muitos pacientes vão ao consultório perguntando coisas simples. Geralmente falta diálogo com a parceira ou parceiro, além do que o homem não tem coragem de comentar o assunto com amigos”, comenta.
O especialista explica que a disfunção erétil pode influenciar não só a vida sexual do homem, como afetar o seu psicológico. Apesar da gravidade, o problema ainda é pouco debatido fora dos consultórios.
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4 mitos e verdades sobre a disfunção erétil
Pensando nisso, Carlos Watanabe respondeu algumas dúvidas do público masculino sobre o falhar na hora ‘H’. Confira:
A disfunção erétil é resultado apenas da falta de libido
– Mito. A disfunção pode ser causada por diferentes fatores, desde a falta de libido, excesso de peso e problemas psicológicos, por exemplo, até por uma indicação de possíveis doenças mais graves, como problemas cardiovasculares.
Uso de alguns medicamentos pode provocar disfunção erétil
– Verdade. Pacientes com doenças como depressão, hipertensão e diabetes que fazem uso frequente de medicamentos podem apresentar alterações na função erétil. Tabagismo e também é considerado fator de risco.
Sobrepeso ou obesidade não causa disfunção erétil
– Mito. Além de ser fator de risco para graves doenças como câncer e hipertensão, estudos apontam que o grau de incidência de disfunção entre os homens obesos é superior ao da população com peso saudável. Controlando os hábitos alimentares, perdendo peso e mantendo uma rotina benéfica é possível recuperar a atividade sexual.
Atividade física ajuda a evitar a disfunção erétil
Verdade. Os pacientes que praticam exercícios regulares e mantêm uma rotina alimentar saudável têm um fator de proteção com relação à disfunção erétil. Eles se tornam mais resistentes não apenas a isso, mas a várias outras alterações na saúde, garantindo assim melhor qualidade de vida não apenas no âmbito sexual.