Hipertensão: doença que mais mata nem sempre apresenta sintomas

Hipertensão arterial pode ser assintomática e causar danos em diversos órgãos. Saiba mais sobre a doença que atinge 30% dos brasileiros

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Presente na vida de muitos brasileiros, a hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma das doenças que mais mata na atualidade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mais de 400 mil pessoas morrem anualmente com alguma doença relacionada à hipertensão. No Brasil, 25% a 30% da população é formada por hipertensos.

O Dia Mundial da Hipertensão (17 de maio) é uma data muito importante para conscientizar a população a respeito da doença e alertar sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce, essencial para salvar vidas, e também do tratamento da doença, que pode ajudar a desenvolver problemas cardiovasculares e renais. A partir de hoje, ViDA & Ação abre um novo especial sobre o tema – confira até dia 20.

A doença crônica não transmissível (DCNT) é caracterizada pela elevação da pressão arterial, ou seja, sistólica (PA máxima) maior ou igual a 140 mmHg, e/ou PA diastólica (PA mínima) maior ou igual a 90 mmHg. Fatores como o histórico familiar, estresse, má alimentação – consumo exagerado de sal -, envelhecimento e a obesidade são as principais causas de desenvolvimento da doença.

Por se tratar de uma condição, muitas vezes assintomática, a hipertensão costuma evoluir com alterações estruturais e funcionais em determinados órgãos, como coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos. É o principal fator de risco modificável para  doenças cardiovasculares (DCV), como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), doença renal crônica (DRC) e morte prematura.

“A hipertensão arterial se associa a fatores de riscos metabólicos para outras doenças dos sistemas cardiocirculatório e renal, como dislipidemia (colesterol e/ou triglicerídeos elevados), obesidade abdominal, intolerância à glicose (pré-diabetes) e o próprio diabetes mellitus (DM)”, explica o médico consultor da FQM, Ronaldo Carneiro.

De acordo com o especialista, a pressão alta está ligada a fatores familiares, obesidade,  colesterol alto, falta de atividade física (sedentarismo), hábitos alimentares inadequados, como o consumo em excesso de sal, bebidas alcoólicas e até o estresse e envelhecimento.

Check-up é importante para a prevenção

É preciso ter o acompanhamento médico para manter a pressão controlada. As pessoas precisam fazer os exames, recomendados pelo seu médico para acompanhar e manter o controle. Exames de rotina como os de urina simples e os de sangue, como glicemia de jejum, sódio, potássio, creatinina, colesterol total, HDL, triglicerídeos e hemograma. O check-up ajuda a detectar alguma alteração, que quando tratada no início, pode evitar o desenvolvimento da hipertensão arterial e diabetes.

Para o médico hematologista, patologista clínico e diretor do Laboratório São Paulo, Daniel Dias Ribeiro, o paciente que faz o seu check-up anual consegue prevenir e manter o controle caso apareça alguma alteração, como a hipertensão arterial. Alguns sinais como dor de cabeça, tontura e alteração na visão podem ser um indicio de pressão alta.

“O indicado é a pessoa fazer sempre os exames de rotina, medir a pressão e manter uma alimentação saudável. A pressão alta descontrolada pode provocar outras complicações, que quando não identificadas no início, podem causar problemas à saúde dos pacientes”, ressalta Daniel Ribeiro.

Como controlar a hipertensão e obter qualidade de vida

Para controlar a hipertensão arterial e obter qualidade de vida, os pacientes precisam se atentar a alguns fatores, como manter uma dieta saudável, reduzir a ingestão de sal, praticar atividades físicas regularmente, manter uma alimentação equilibrada, estar alerta com o peso, evitar o tabagismo e o consumo de álcool. A psicoterapia também é indicada aos diagnosticados. “O correto manejo do estresse e demais situações de natureza psicoemocional são muito importantes no cuidado da hipertensão arterial”, declara Dr. Carneiro.

Além de adotarem um estilo de vida saudável, os hipertensos também podem fazer uso de medicamentos para alcançar o controle de pressão arterial.  Após uma avaliação médica, o profissional poderá indicar o procedimento mais indicado ao quadro clínico. “O tratamento deve ser individualizado, assim como a escolha inicial do medicamento, baseando-se nas características gerais dos indivíduos e dos próprios medicamentos”, afirma o médico consultor.

Com Assessorias

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