Rio exige passaporte completo da vacina em locais públicos

Estádios, cinemas, teatros, espaços de shows e museus devem exigir comprovante com as duas doses a pessoas acima de 15 anos

Movimentação de pessoas no Centro da cidade do Rio de Janeiro (Foto: Agência Brasil)
Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!

Todas as pessoas a partir de 15 anos de idade na cidade do Rio de Janeiro deverão apresentar seus comprovantes de vacinação com as duas doses para acessar locais públicos, como estádios, cinemas, teatros, espaços de shows e museus. A determinação é da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vale a partir desta sexta-feira (12).

A exigência ocorre porque houve a antecipação do prazo para a segunda dose da Pfizer para pessoas com 15 anos ou mais. Também os idosos de 61 anos ou mais deverão apresentar seus respectivos comprovantes com o ciclo vacinal completo, ou seja, com as duas doses da vacina contra a covid-19 mais a dose de reforço. Crianças e adolescentes menores de 15 anos não precisarão apresentar comprovante.

A comprovação da situação vacinal pode ser feita com o certificado de vacinação digital disponível na plataforma ConecteSUS ou com comprovante, caderneta ou cartão de vacinação. 

Rio de Janeiro revoga medidas restritivas

A Prefeitura do Rio de Janeiro revogou os decretos que determinam medidas restritivas contra a pandemia de covid-19. O Decreto nº 49.766, publicado na edição desta sexta (12) do Diário Oficial do município, libera a ocupação completa de espaços como boates e danceterias, o uso de ar-condicionado em táxis, ônibus e transporte por aplicativo.

Também está liberada a obrigatoriedade de testagem contra a doença em festas e eventos esportivos.No entanto, ficam mantidas a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção em ambientes fechados e no transporte coletivo e a exigência do passaporte vacinal.

Segundo o prefeito Eduardo Paes, apesar de a cidade estar prestes a completar 75% da população com o esquema vacinal completo, a decisão de manter o uso das máscaras foi tomada contra a orientação do Comitê Científico, que liberava o uso obrigatório em locais fechados a partir desse momento.

“Eu neguei a ciência ao não abrir, vamos continuar com a antropologia. Dificilmente nós vamos ter um cenário mais baixo do que esse. A medida de liberação de máscara vai partir mais de um consenso, de compreensão do que diz o governo do estado, o governo federal, esse entendimento de que a coisa estabilizou mesmo. O critério científico estava dado, mas eu resolvi ser mais restritivo”, explicou.

50 pacientes internados na cidade do Rio

Os dados do Boletim Epidemiológico divulgado nesta sexta (12) pela prefeitura indicam uma melhora considerável no quadro da pandemia na cidade. O mapa de risco de transmissão está baixo (em verde) em todo o município pela terceira semana seguida. A redução de internações na comparação com o último pico, há dois meses, é de 93% e hoje há cerca de 50 pacientes internados pela doença, sendo que 90% deles não tinham o esquema vacinal completo.

Quanto aos óbitos por covid-19, a redução foi de 95,9%. Há dois meses a cidade registrava 416 óbitos em uma semana e, na semana passada, 17 pessoas morreram vítimas da doença. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), atualmente apenas 3% dos testes feitos na cidade dão positivo para covid-19 e a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que a doença está sob controle quando menos de 5% dos testes dão resultado positivo.

Eduardo Paes ressaltou que a pandemia não acabou, apesar dos dados favoráveis. “Dado o fato de que essa doença deve permanecer entre nós sem ser erradicada, nós dificilmente vamos viver um momento mais baixo do que isso. Taxa de transmissão, número de casos, número de óbitos”, disse ele.

Mas eu acho que tem uma questão importante, que é o sinal que a gente comunica para a população, se disser que não precisa mais usar máscaras dentro, parece que acabou por completo. E não é assim. O vírus está por aí, provavelmente vai continuar um tempo e é importante que as pessoas tenham consciência disso. Então, essa medida é muito mais pedagógica do que científica”, disse.

Rio conclui dose de reforço a maiores de 60

Na próxima semana, a Secretaria Municipal de Saúde finaliza a aplicação da dose de reforço nas pessoas com 60 anos ou mais, concluindo a etapa com duas semanas de antecipação. Até o momento, 67,2% dos idosos receberam a dose de reforço, com a aplicação de 933 mil doses, incluindo os profissionais de saúde.

Considerando a população acima de 18 anos, 99,9% dos adultos estão vacinados com a primeira dose e 92,7% já têm o esquema completo. Entre o público-alvo, a partir de 12 anos, 99,7% receberam a primeira dose e 85,1% têm o esquema completo. Na população total do município, são 87,5% com a primeira dose e 72,9% com esquema completo.

A secretaria anunciou, também, a antecipação da segunda dose da Pfizer para quem tem 15 anos ou mais. O prazo foi reduzido de 12 semanas para 21 dias.

O prefeito informou, ainda, que gostaria de aplicar a dose de reforço nas pessoas a partir de 30 anos, mas que depende da orientação do Ministério da Saúde. “É um pleito que a cidade do Rio de Janeiro faz. Nós respeitamos o calendário nacional de imunização, mas entendemos que seria necessário aplicar a terceira dose nas pessoas a partir dos 30 anos”, acrescentou.

Primeiro ato público “pós período crítico da pandemia”

Na segunda-feira, feriado de 15 de novembro, a prefeitura promove o primeiro ato público “pós período crítico da pandemia”, anunciou o prefeito. É para celebrar a melhora do quadro epidemiológico. Será um evento no Parque Madureira, na zona norte da cidade, em parceria com a igreja Assembleia de Deus de Madureira, de 14h às 17h. Haverá vacinação contra a covid-19 no local.

A prefeitura anunciou, também, que a Secretaria Municipal de Saúde vai deixar de promover entrevistas coletivas ordinárias sobre o boletim epidemiológico da covid-19, que eram semanais e desde outubro passaram a ser quinzenais. Os dados consolidados continuarão a ser divulgados às sextas-feiras.

RJ segue com risco baixo para transmissão

O Mapa de Risco da Covid-19, divulgado nesta sexta-feira (12), indica que, pela 11ª semana consecutiva, o Estado do Rio de Janeiro está com bandeira amarela, o que significa risco baixo para transmissão da covid-19.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, esta é também a terceira semana seguida que a Região Metropolitana l, que abrange a capital e a Baixada Fluminense, fica classificada na bandeira verde, com risco muito baixo para a doença.

Cada bandeira representa um nível de risco e um conjunto de recomendações de isolamento social, que variam entre as cores roxa (risco muito alto), vermelha (risco alto), laranja (risco moderado), amarela (risco baixo) e verde (risco muito baixo).

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, o Mapa de Risco mostra, mais uma vez, a consolidação na queda dos indicadores epidemiológicos e assistenciais da covid-19.

Chieppe disse que isso é reflexo da cobertura vacinal no estado, que já alcançou mais de 50% de toda a população do estado imunizada com as duas doses. “Por isso, é importante que a população continue se vacinando e retorne aos postos para receber a segunda dose”, afirmou o secretário.

O uso de máscaras em locais abertos segue liberado a critério de cada município, conforme determinado recentemente pela Secretaria de Estado de Saúde, após aprovação da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Idosos

Segundo a secretaria, outro dado importante é o retrocesso da pandemia da covid-19, quando são levadas em conta as internações de idosos. Em outubro, as internações de pessoas com mais de 70 anos caíram 77% em relação às registradas em setembro. Foram internados 2.373 idosos em setembro e 546, em outubro.

A única região do estado que apresentou risco moderado para covid-19 (bandeira laranja) foi a centro-sul. A alteração nessa área deve-se à ocorrência de dois óbitos no período analisado. Como no mapa anterior, houve um óbito, isso representou aumento de 100% nos dados. A análise compara as semanas epidemiológicas 43 (24 a 30 de outubro) e 41 (10 a 16 de outubro).

Em nota, a Secretaria de Saúde informa que, na média geral do estado, o número de internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) caiu 37% e o de óbitos, 59%, quando comparadas as semanas epidemiológicas 43 e 41.

Conforme a nota, com o avanço da vacinação e a queda nos índices de transmissão da doença, a taxa de ocupação segue em queda sustentável. “A de UTI está em 29% e a de enfermaria, em 17%. Todas as regiões de saúde apresentaram taxa de ocupação inferior a 50%”, diz o texto.

Com Agência Brasil

Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!

You may like

In the news
Leia Mais
× Fale com o ViDA!