Fumo causa asma e DPOC e ainda faz mal à pele

Doenças podem surgir ou ser agravadas com o uso contínuo do cigarro, que também ajuda a envelhecer a pele. Conheça alguns números do tabagismo

cigarro-envelhece-a-pele Pesquisas indicam que quem fuma tem a pele com aparência envelhecida em pelo menos dois anos e meio (Fofo: Reprodução de internet)
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Não são apenas diferentes tipos de câncer que o tabagismo pode causar. Neste Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio), a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) alerta para os prejuízos causados pelo cigarro, sendo a asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) algumas das principais enfermidades relacionadas ao tabaco.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) também aderiu à campanha, a fim de conscientizar a população sobre os riscos do tabagismo para a saúde da população. Liderado pela Associação Médica Brasileira (AMB), o movimento Viva Sem Tabaco tem início neste 31 de maio no Brasil.

De acordo com a SBD, o tabagismo – incluindo o passivo – contribui para doenças pulmonares e cardiovasculares (as principais causas de morte no mundo), cânceres, mas também faz mal à pele.

Aderir à campanha ganha relevância para o esclarecimento da população brasileira. O fumo, além de outros problemas para a saúde, acelera o envelhecimento cutâneo, deixa os cabelos opacos, resseca a pele, diminui a capacidade de cicatrização e gera manchas amareladas no rosto, mãos e unhas”, alerta o presidente da SBD, Sergio Palma.

ASMA:

  • A asma atinge de 10% a 25% da população brasileira
  • São 2 mil mortes por ano no Brasil
  • 80% dos asmáticos têm rinite
  • Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), a asma atinge cerca de 235 milhões de pessoas em todo o planeta.
  • Só no Brasil, a doença afeta aproximadamente 20% das crianças e adolescentes.
  • Estudos apontam que a asma é responsável pela morte de dois milhões de pessoas no mundo.
  • Responsável pela quarta causa de internação no Brasil, a asma é definida como uma obstrução brônquica, geralmente ocasionada por um processo inflamatório.
  • A asma pode ser alérgica e não alérgica.
  • A mais comum e que atinge principalmente as crianças é a asma alérgica, desencadeada pelos alérgenos inalantes como poeira, ácaros, fungos e pólen.
  • Os sintomas são Inflamação dos brônquios, provocando falta de ar, sibilância, tosse, dor no peito e opressão torácica.
  • Os sintomas costumam ser desencadeados por infecções respiratórias, exercício e exposição a alérgenos.

DPOC:

  • Provoca a destruição do tecido pulmonar e inflamação nos brônquios.
  • Estima-se que no Brasil cerca de 12% da população adulta tenha DPOC.
  • É a principal causa de morte por doenças respiratórias nos adultos e representa 5,5% das mortes nessa população, com maior incidência à medida que a idade avança.
  • O tabagismo é a principal causa da DPOC, mas outros poluentes inaláveis, como fumaça de fogo de lenha e material particulado de motores a combustão, também podem provocar a doença.
  • O principal sintoma é a falta de ar, que muitas vezes o tabagista acha que se deve ao avançar da idade e ao sedentarismo. Conforme a doença progride, a falta de ar torna-se cada vez mais intensa e pode ocorrer aos mínimos esforços, como tomar banho, vestir-se ou mesmo ficar repouso.

A condição, frequente em pessoas com mais de 55 anos e ex-fumantes, tem entre os fatores de risco: hereditariedade, hábitos alimentares, sobrepeso e obesidade e diabetes, além do tabagismo e envelhecimento.

Tabagismo e seus efeitos em números

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, sendo responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis.

Dessas, responde por 85% das mortes por doença pulmonar crônica (bronquite e enfisema), 30% por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo de útero, estômago e fígado), 25% por doença coronariana (angina e infarto) e 25% por doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral).

Estima-se que 5,4 milhões de pessoas morrem todos os anos em decorrência do cigarro e um terço da população mundial adulta é fumante. Somente no Brasil, aproximadamente, 156 mil pessoas perecem anualmente em decorrência do tabagismo, o que corresponde a 12% do total de mortes no país.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelam que o câncer de pulmão tem relação direta com o consumo de derivados de tabaco em 90% dos diagnósticos da doença.

Outros números do instituto apontam que a incidência de câncer no Brasil em 2019 deve ficar em torno de 600 mil novos casos, sendo que a estimativa indica que três em cada 10 tumores diagnosticados estão relacionados a hábitos evitáveis como tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo, obesidade e exposição excessiva ao sol.

Estima-se que 100 milhões de pessoas tenham morrido no século 20 em decorrência do fumo.  Dados da OMS apontam para 7 milhões de mortes ao ano, sendo 12% dessas mortes em fumantes passivos. Só no Brasil são 400 mortes por dia, 20 mortes por hora, por doenças causadas pelo tabaco, um impacto gigantesco na saúde e na economia.

 

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