Homens devem dar à saúde a mesma importância do futebol

Campanha ‘Repense suas escolhas’, do Instituto Lado a Lado, alerta homens para mudança de hábitos, cuidando mais da própria saúde

zico campanha saúde do homem Campanha Novembro Azul em 2017 contou com depoimento de Zico sobre a importância dos cuidados da saúde para os homens (Foto: Youtube)
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Os homens devem dar à saúde a mesma atenção que dão aos jogos de futebol e aos carros, alertam mulheres no Brasil inteiro, uma vez que elas são as grandes responsáveis por estimular seus irmãos, pais, filhos e amigos a irem ao médico. Segundo o Ministério da Saúde, 31% dos homens brasileiros não têm o hábito de ir ao médico e, quando o fazem, 70% tiveram a influência da mulher ou de filhos.

Estimular a prevenção de doenças por meio do acompanhamento de profissionais da medicina é o principal foco do Dia Nacional do Homem, comemorado domingo (15). O slogan “Repense suas escolhas” deu o tom da campanha desenvolvida para a data, que o Instituto Lado a Lado pela Vida colocou em seu Facebook e Instagram.  “A escolha pela comunicação digital também é uma forma de nos aproximarmos dos adolescentes e homens mais jovens e mostrar que a prevenção de doenças é a melhor forma de tratar da saúde”, explica Marlene.

O Instituto também é responsável pela campanha nacional “Novembro Azul”, que estimula os homens a fazerem o exame de rastreamento do câncer de próstata. É o tipo mais incidente da doença no Brasil, seguido pelo câncer de pênis, testículo, pulmão e pele, segundo dados do Ministério da Saúde. A campanha pelo Dia do Homem de 2017 contou com um depoimento do ex-jogador de futebol Zico sobre a importância dos cuidados da saúde para os homens.

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Faltam investimentos públicos, diz oncologista

Para o oncologista Fernando Maluf, diretor associado do centro oncológico da Beneficência Portuguesa de São Paulo, o maior desafio para ampliar o atendimento preventivo aos homens é aumentar o investimento em infraestrutura em todo o país, como postos de saúde e hospitais. “Muito se fala na saúde da mulher e da criança, mas ainda falta atenção ao homem”, diz ele que é membro do comitê gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e consultor do Instituto Lado a Lado pela Vida.

Segundo Maluf, há razões culturais para deixar o atendimento ao homem “em segundo plano”, mas que não justificam a falta de investimentos públicos. “Na nossa cultura, o homem se acha ´blindado´ a doenças por ser homem, então vai oito vezes menos ao médico que a mulher, em média. Mas isso não é motivo para a falta de investimentos públicos na saúde deles”, complementa.

Política nacional de atenção à saúde do homem

Na avaliação do urologista e gerente médico sênior da farmacêutica japonesa Astellas Farma Brasil, Roberto Soler, a saúde do homem deve ser considerada de uma forma mais ampla. “Quando se fala em saúde do homem, as pessoas tendem, de uma maneira geral, a focar apenas em câncer de próstata. No entanto, é importante estar atento às outras doenças, como as que envolvem todo o trato urinário. Pequenas atitudes, como alimentação balanceada, atividades físicas regulares e, principalmente, visitas frequentes aos serviços de saúde, são de extrema importância”, explica Soler.

Em 2009 o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) com objetivo de facilitar o acesso com qualidade da população masculina, na faixa etária de 20 a 59 anos, às ações e aos serviços de assistência integral à saúde masculina no Sistema Único de Saúde (SUS). O órgão reforça que é sempre preciso considerar as diferentes expressões de masculinidade e respeitando a diversidade de gênero, orientação sexual, etnia, cultura e religião na hora do atendimento médico.

No mês passado, foi sancionada a Lei Federal 13.685/18, que determina notificação compulsória de casos de câncer pelos serviços de saúde públicos e privados de todo o Brasil. Para a presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira, foi um divisor de águas para as políticas de enfrentamento da doença no país, pois vai aumentar o número de notificações e, com isso, cresce a responsabilidade do governo de ampliar os serviços aos homens”, acredita.

Fonte: Instituto Lado a Lado pela Vida, com Redação

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