Infarto, AVC e hipertensão são principais causas de morte masculina

Juntas, as três doenças mataram 52.541 homens entre 2017 e 2020 no Estado do Rio. O câncer vem em segundo lugar, com 39.335 óbitos

Centro de Atenção à Saúde de Homem funciona na Policlínica Piquet Carneiro, na Tijuca, e é interligado ao Hospital Universitário Pedro Ernesto (Foto: Divulgação SES)
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Não é só o câncer de próstata que está matando os homens. Levantamento da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) mostra que, entre 2017 e 2020, as doenças envolvendo o aparelho circulatório, como infarto, AVC e hipertensão, juntas, figuram como as que mais matam o público masculino, com 52.541 óbitos registrados no período.

O câncer vem em segundo lugar, com 39.335 óbitos. O cenário se repete mesmo na faixa etária dos 30 aos 69 anos, que é o período considerado de morte precoce. A avaliação da SES é que eles estão morrendo de doenças que podem ser curadas ou tratadas.

Além disso, entre os tipos de câncer, o de próstata, ponto focal do movimento Novembro Azul, continua sendo o que mais acomete este público. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que, em 2020, 6.440 novos casos a cada 100 mil habitantes tenham sido diagnosticados somente no Estado do Rio. Em segundo lugar, aparecem os do aparelho digestivo (esôfago, estômago, cólon e reto), que, estima-se, somaram 4.120 novos casos a cada 100 mil habitantes.

De posse dos dados, a SES quer, neste Novembro Azul, provocar a reflexão para que os homens fluminenses cuidem mais da sua saúde, fazendo exames regularmente e procurando a rede de atenção à saúde, logo que apareçam os primeiros sinais de doença. Assim, contribuirão para modificar outra estatística: os homens têm cerca de sete anos a menos de vida do que as mulheres brasileiras, de acordo com a Tábua Completa de Mortalidade, levantada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019.

Secretário estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe (Foto: Mauricio Bazilio/SES)

“É uma questão cultural. A mulher é mais preocupada com a sua saúde. O homem deve ter o mesmo cuidado. É importante eles lembrarem de procurar as unidades de atenção básica para controlar diversas doenças, entre elas, câncer, hipertensão, diabetes, manter suas vacinas em dia e realizar consulta com clínico para avaliar seu estado geral. A falta de cuidado prévio contribui para os homens terem menor expectativa de vida do que as mulheres”, alerta o secretário de Saúde, Alexandre Chieppe.

Campanha Novembro Azul tem ações no MetrôRio

Para chamar atenção para a questão, a SES está lançando nesta terça-feira (16), véspera do Dia Mundial do Combate ao Câncer de Próstata (17/11), uma campanha nas suas redes sociais, mostrando várias atitudes que podem ser tomadas para evitar problemas de saúde.

A campanha tem o apoio do MetrôRio e da Rio Ônibus que divulgarão as informações para o público nos monitores das composições e ônibus, além das  estações do sistema metroviário. Este ano, o tema da campanha é: “Atenção Integral à Saúde dos Homens e Medidas de Prevenção ao Adoecimento”, voltada para o público masculino de 20 a 59 anos.

“Este mês é muito emblemático porque tem como objetivo sensibilizar os homens e os profissionais de saúde quanto às ações do autocuidado, mas com uma visão global. Devem ser ressaltados os fatores socioculturais relacionados à masculinidade, seu adoecimento, promoção, proteção e prevenção”, informa o coordenador do Programa Estadual de Saúde do Homem, Giovani Dimas.

O movimento Novembro Azul nasceu em 2003, na Austrália, para reforçar a necessidade de os homens cuidarem da prevenção ao câncer de próstata. A data escolhida foi o dia 17 de novembro. Com a alta incidência de outras doenças no público masculino, o Ministério da Saúde optou pela mudança de conceito e o foco está atualmente na saúde do homem de forma integral.

Onde procurar ajuda no Estado do Rio

No sistema público de saúde, a porta de entrada, incluindo os tratamentos de câncer, é a atenção primária, com os postos e clínicas da família.

Para assistências mais específicas, a rede estadual possui o Centro de Atenção à Saúde de Homem, que funciona na Policlínica Piquet Carneiro, na Tijuca, e é interligado ao Hospital Universitário Pedro Ernesto.

Lá é disponibilizado atendimento psicológico, tratamento para disfunção sexual, realização de cirurgias ambulatoriais, além de encaminhamento a outras áreas de saúde quando necessário.

Os pacientes são encaminhados pelo SISREG (sistema de regulação de vagas na rede pública de assistência), por meio das Unidades de Atenção Primária à Saúde.

Em apoio ao Novembro Azul, a SES iluminará unidades que cuidam da saúde do homem. São os hospitais Carlos Chagas e Adão Pereira Nunes e o Instituto de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE).

Da SES-RJ, com Redação

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