Rosayne Macedo

Rosayne Macedo, editora do site Vida&Ação
Rosayne Macedo criou o Portal ViDA & Ação em 2016 no Rio (Foto: Maíra Coelho)

Se você quer saber mais sobre o perfil corporativo da fundadora e editora-chefe do Portal ViDA & Ação, é só clicar no link acima que chegará até o seu Linkedin. Mas se quiser saber um pouco mais da vida da nossa criadora, puxe uma cadeira que a prosa é longa. Sim, lá vem textão!

Inquieta, turbinada, reinventante, “tampa de chaleira fervendo” (como brincava o saudoso amigo cineasta Jesus Chediak). Sempre interessada em ‘amar e mudar as coisas’, como seu ídolo Belchior. E aprender um pouco mais, para tentar evoluir, sem vergonha de assumir o que não sabe – ‘já não tenho idade pra essas coisas’.

 

Saiba mais sobre as vidas da nossa editora

Vida familiar – Mãe da jovem estudante Maria Clara, 18 anos, ex-bailarina e ex-ginasta, desde a pandemia tornou-se também mãe de pets – os irmãos Timotheo e Theodore – vulgos Tico e Teco, adotados durante a pandemia da Covid-19.

Mais recentemente, se autodeclarou mãe de planta e mãe de flor. Sabe que ‘as flores de plástico não morrem’, mas insiste em aprender a cultivar plantinhas em casa – quando a sua duplinha de felinos permite.  

É iniciante na arte de arriscar-se na cozinha, ora com o basicão de sobrevivência aprendido nos tempos de república, ora com receitinhas práticas e rápidas de Instagram. Talvez nessa altura da vida tente imitar a mãe, que amava plantas e era cozinheira de mão cheia.

Gosta de casa limpa e cheirosa e especialmente de arrumação, mas sem escravidão. Se tivesse mais paciência ou tempo, viraria, ‘personal organizer’ – mas só quando baixa o espírito da virginiana com ascendente em Virgem.

Entre perdas e danos – Gente como qualquer gente, Rosayne Macedo vive ou já viveu na pele muitos dos dramas que reproduz nas páginas do ViDA & Ação, como autora, testemunha ou personagem. De forma precoce e bastante dolorida, perdeu metade da sua família – ‘éramos seis, como numa antiga novela’.

Aos 23 anos, ela recebia a trágica notícia da morte instantânea do irmão, um ano mais velho, numa colisão de sua moto com um ônibus numa curva fechada da vida.

Dois anos e meio depois, perdeu o pai, aos 51, após complicações do que seria uma simples cirurgia para retirada de pedra nos rins. Desistiu do processo por erro médico, por insistência da família.

Após décadas convivendo com a depressão, a diabetes e problemas cardíacos, a mãe se foi aos 65, após 7 anos convivendo um AVC isquêmico que lhe tirou a linguagem e os movimentos. 

Rosayne hoje se sente no ‘lugar de fala’ e de escuta de muitas pessoas. E, com a curiosidade de uma foca, além de aprender com o dia a dia da lida da redação, desde a mais simples à mais rara doença, cada vez dá mais valor a qualquer fiozinho de vida, mas respeitando demais a sua finitude.

Na vida real – Diagnosticada em 2017 com Transtorno de Ansiedade Generalizado (TAG), que culminou em Síndrome do Pânico causado por assédio moral, a jornalista convive há mais de duas décadas com crises intermitentes e cíclicas do que hoje já se conhece como Urticária Crônica Espontânea (UCE), uma doença autoimune ainda estigmatizada, mas com forte relação com o emocional.

Vira e mexe também é atacada por crises de labirintite cuja causa até hoje não foi bem esclarecida. Diante da intempéries e movida pelo instinto de sobrevivência de quem conquistou a independência ao se formar, aos 20 anos, tornou-se uma workaholic convicta. E tenta lutar contra o vício do sedentarismo causado pelo excesso de trabalho que ela mesmo puxa pra si.

Confessa que não anda em dia com os exercícios – como boa parte dos brasileiros -, mas é fã de yoga, pedaladas, musculação, alongamento e aulas divertidas de dança e ritmos, atividades que mais praticou nas inúmeras academias que frequenta, de forma intermitente, desde os 20 anos. E faz planos todos os dias de voltar.

Ex-fumante há mais de 20 anos, passou a gostar de café na última década, seduzida pelo cheirinho do café na Redação, em sua volta, em 2013. Assume que pratica sem pudor um pequeno vício – a hipocondria aucontrolada, embora seja contra automedicação – e confessa que lida bem mal com os altos e baixos do efeito-sanfona que o tempo insiste em tornar cada vez mais cruéis.

Vida acadêmica – Mas cadê os títulos? Sim, porque para muita gente, eles são mais importantes que a vida vivida. Então, vamos lá para um resumo… Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo pela Faculdade de Filosofia de Campos (Fafic/RJ, hoje Uniflu) – “o primeiro lugar no vestibular foi motivo de orgulho pro pai’; pós-graduada em Comunicação Empresarial (AVM/Ucam) e com MBA em Gestão do Conhecimento e Inteligência Empresarial (MBKM/Crie/Coppe/UFRJ). Possui ainda especializações em Jornalismo de Políticas Públicas Sociais (UFRJ), Coaching e Marketing Digital, dentre outras. 

Trajetória profissional

Rosayne Macedo, ‘vivendo’ de rir na tietagem a Monja Coen (Acervo pessoal)

Vida profissional – Menina do interior, recém-chegada à faculdade, aos 17 anos iniciou no Jornalismo como estagiária de rádio AM (‘além do noticiário, anunciava até receita de bolo!’). E foi na cozinha da Redação que passou a maior parte da vida profissional até aqui. Mas encontrou nos ‘dois lados do balcão’ (veículos de imprensa e assessorias de comunicação) um equilíbrio quase perfeito.

Apaixonada por reportagem de rua e também pelos bastidores da Redação, ela passou por diversas funções e editorias no Jornalismo (veja mais detalhes abaixo). Adquiriu a versatilidade típica do ‘chão de fábrica’ que é ‘pau pra toda obra’ ou que ‘joga nas 11’ – outros diriam que nasceu com vocação para carregar pianos. Mas ela gosta.

Sempre flertando com o ambiente corporativo e institucional, Rosayne Macedo fez carreira paralela ou alternada em diversos momentos da vida como assessora de imprensa e consultora em comunicação. Já foi e/ou ainda atua como escritora, palestrante, apresentadora, media trainner e ‘dublê’ de microinfluencer… As múltiplas possibilidades que o Jornalismo e a Comunicação oferecem não têm limites.

Em 33 anos de carreira como profissional, Rosayne Macedo teve oportunidade de trabalhar ao lado de grandes e admirados profissionais, em muitas redações e assessorias de comunicação. Atuou por longos 13 anos no jornal O Dia (RJ), foi repórter na sucursal Rio da Folha de S. Paulo e teve breve passagens como chefe de reportagem da TV Record (RJ) e repórter de publicações especializadas nacionais, como Meio & Mensagem e Revista Pense Leve.

Dentre as diferentes colaborações em segmentos que passaram do jornalismo investigativo a Negócios, Varejo, Petróleo e Política, foi nas áreas de Saúde, Bem-Estar e Sustentabilidade com que Rosayne Macedo mais se identificou.

Sempre conciliando duas a três atividades profissionais ao mesmo tempo (‘o H do TDAH segue em investigação’), em 2010 a jornalista criou a TAO Inteligência em Comunicação, sua ‘micronanoagência’ especializada em produção de conteúdo, projetos digitais, promoção e divulgação de eventos. 

Em seu segundo ciclo no Dia, entre 2013 e 2017, a convite do jornalista Aziz Filho, então diretor do jornal, foi responsável pelas páginas de Estado, Saúde e Vida & Meio Ambiente e passou a assinar aos domingos a coluna Conta Social, com foco em Sustentabilidade, Responsabilidade Social e Terceiro Setor.

(Mas calma, gente! O salário mesmo era um só: como editora-assistente da Editoria Rio, ajudando a fechar diariamente as páginas de Geral e atacando na Política, Economia e até Internacional nos ‘pescoções’ e plantões rsrs).

Como surgiu o projeto ViDA & Ação

Impulsionada pela energia criativa do Reinventar JornalistasRJ – movimento que ela idealizou e botou pra girar em 2015 -, Rosayne Macedo, ainda editora do Jornal O Dia, resolveu inovar. E iniciou sua transição para o jornalismo digital.

No Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho de 2016), lançou o ViDA & Ação, para ampliar o espaço a temáticas de grande alcance e interesse público que, infelizmente, já não cabiam nas – cada vez mais minguadas – páginas impressas de Saúde e Meio Ambiente. O projeto de cara foi aceito e incentivado pela direção e pelo comercial do jornal.

Com sua saída do impresso em 2017, o blog migrou para endereço próprio na internet. E dentre os muitos clientes e jobs atendidos, a TAO hoje é responsável pelo projeto editorial do ViDA & Ação. 

Esta, entretanto, não é a primeira experiência de Rosayne Macedo no setor de saúde, bem-estar, beleza e sustentabilidade. Ela já havia colaborado como repórter da revista Pense Leve no Rio de Janeiro e foi editora das revistas Mundo Verde e Esporte & Vida, além de assessora de imprensa da rede Mundo Verde, do Instituto Beleza Natural e da Embelleze. 

Com a expertise acumulada ao longo dos últimos anos dedicados ao segmento de Saúde, Bem-Estar e Sustentabilidade, Rosayne também passou a desenvolver trabalhos com media trainning, projetos especiais e apresentação e mediação de eventos presenciais e digitais voltados especialmente a gestores, médicos e demais profissionais de Saúde, além de jornalistas, estudantes e população em geral. 

Já reconhecida como jornalista especializada em Saúde, atuou a partir de 2018 como consultora em Comunicação pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) para a Secretaria Estadual de Saúde no Tocantins. Foi apresentadora e mediadora do debate “Tabaco e Saúde Pulmonar” no Inca  – Instituto Nacional do Câncer, na abertura da campanha do Dia Mundial Sem Tabaco 2019 (assista aqui).

Rosayne Macedo representou o ViDA & Ação na cobertura de vários eventos médicos e de saúde no Rio, São Paulo e Porto Alegre. Com a paralisação dos eventos presenciais e o isolamento imposto pela pandemia, resolveu criar o Projeto #PapodePandemia, que reuniu mais de 90 fontes renomadas do setor, em lives transmitidas pelo Facebook e pelo Youtube entre os anos de 2020 e 2021.

Outras atividades na Comunicação e Jornalismo

A trajetória profissional de Rosayne Macedo é enriquecida pelos conhecimentos e redes de relacionamento criadas a partir de outras importantes experiências em Comunicação Institucional e Corporativa. 

A jornalista também acumula boa experiência em Comunicação Pública – já prestou assessoria, consultoria e serviços para marcas, governos, empresas e instituições, como Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e Governo do Estado do RJ, Sebrae Rio, Centro Brasileiro da Construção em Aço, Sindicato dos Policiais Federais e Pré-Sal Petróleo S/A.

Também participou de projetos editoriais de comunicação institucional para empresas e instituições como Petrobras, Finep, Senai, Caberj, entre outras. No Rio de Janeiro, montou e dirigiu a sucursal da revista Macaé Offshore, atuando como editora da revista bilíngue e do site.

Entre 2019 e 2020, Rosayne chefiou a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do RJ, onde implementou o novo site da pasta, dentre outras importantes atividades. Deixou o cargo em julho de 2020, em plena pandemia, para se dedicar à família, ao Portal ViDA & Ação e para atuar pela TAO em novos jobs e projetos. 

Após duas passagens como repórter e subeditora do Diário do Porto, entre 2018 e 2020, ajudou a criar a Revista Rio Já, em 2021, tendo sido a primeira repórter da publicação, onde atuou até fevereiro de 2023.

Desde setembro de 2021, conciliava a atividade free-lancer com  o cargo de assessora na Subdiretoria de Comunicação Social da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A partir de abril de 2023, passou a assessorar uma parlamentar na casa.

Desde junho de 2023, mês em que ViDA & Ação completou 7 anos de existência, Rosayne Macedo se dedica ao projeto de sua vida: consolidar o portal como o principal veículo de mídia digital do Rio de Janeiro especializado em saúde, bem-estar e sustentabilidade, hoje com mais de 8 mil conteúdos e mais de 2 milhões de views/ano, levando informação humanizada sobre temas que muitas vezes podem parecer tão áridos e difíceis.

E, assim, espera poder viver do seu ‘jornalismo de propósito‘. E, quem sabe, ajudar ou continuar ajudando outras vidas – especialmente aqueles que precisam resistir, se reinventar, se superar.

(Veja mais no Linkedin)

Papel social e militância no Jornalismo

Rosayne Macedo, editora do Vida & Ação
Rosayne Macedo, durante o evento SuperAção, realizado pelo ViDA & Ação (Foto: Ricardo Albuquerque)

Militante em movimentos em defesa do Jornalismo e da Comunicação, Rosayne Macedo é criadora e moderadora desde 2010 do Grupo JornalistasRJ, hoje com mais de 10,7 mil perfis no Facebook e 250 no Whatsapp.

Em 2015, idealizou o ReinventarRJ, uma rede de empreendedorismo, inovação e colaboração que reuniu mais de 2 mil jornalistas e outros profissionais de Comunicação e Marketing. Foram mobilizados mais de 80 palestrantes, com encontros, oficinas e outras atividades na Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e outros espaços.

Diante do sucesso do movimento histórico que levou centenas de profissionais de volta à centenária ‘casa do jornalista’, Rosayne foi convidada a ingressar como associada na ABI em 2016, tendo sido foi eleita membro suplente e efetiva para o Conselho Deliberativo da entidade nas gestões (2018-2021).

Em 2019, militando pelo movimento ABI Luta pela Democracia, foi eleita diretora de Assistência Social, cargo voluntário ocupado até maio de 2022. Idealizou e foi responsável pela criação do programa #ABISaúde, no canal do Youtube da ABI, além dos projetos #PratasdaCasa e #ReinventarABI.

Eleita novamente para o Conselho Deliberativo (2022-2025), em maio de 2023, foi reconduzida, por unanimidade, pelo colegiado para o cargo de diretora de Assistência Social da ABI, com mandato até 2025. Renunciou ao cargo em janeiro de 2024.  Ainda na Associação, faz parte da Comissão de Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos e integrava até maio de 2023 a Comissão de Educação da ABI. 

Rosayne Macedo faz parte há mais de 20 anos a Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental (RBJA), hoje também presente no Whatsapp, e modera desde 2012 o Grupo Coaching, no Facebook, com mais de 6 mil perfis.

Pelo ReinventarRJ, ainda idealizou o grupo de voluntários Repórteres do Bem – que realizava visitas e promovia doações para instituições beneficentes – e atuou como voluntária desde 2005 na divulgação da ONG Clínica da Alegria.

(Nota da editora: Conjugando todos os verbos no passado, este poderia ser o meu obituário – se um dia terei um. Ou inspiração para qualquer coisa ‘post mortem’. Mas prefiro que signifique vida. E se um dia morrer, que demore muito, no epitáfio se escreva: “Essa viveu mesmo sem saber viver”.)

*Texto atualizado em  07/03/24